Notícias
COMBATE À DESINFORMAÇÃO
É falso que 25 mil pessoas morreram por dengue no Brasil
Foto: Ascom/MS
ATENÇÃO! A situação da dengue no Brasil é coisa séria e não deve ser usada para disseminar informações falsas e apavorar a população. Circulam pelas redes sociais narrativas de que a doença já matou 25 mil pessoas no Brasil. Isso é falso.
O Ministério da Saúde divulga diariamente a situação epidemiológica do país, com o número de casos, óbitos, casos grave da doença, entre outros dados. Segundo o último Informe, de 21 de março, o Brasil registrou, este ano, 2 milhões de casos prováveis e 682 mortes.
A letalidade de óbito sobre o total de casos prováveis é de 0,03%. Quanto à letalidade de morte sobre o total de casos graves, o percentual está em 3,8%.
Desde 2023, o atual governo tem intensificado as ações de enfrentamento à dengue: normalizou os estoques de inseticidas e larvicidas para atender às demandas dos estados; investiu R$ 30 milhões na liberação de mosquitos Aedes com a bactéria Wolbachia em seis novos municípios, realizou um aporte financeiros de R$ 256 milhões para estruturação de estados e municípios.
Já em 2024, as principais ações, até o momento, foram: instalação do COE de Arboviroses para monitorar a situação da dengue no Brasil; início da distribuição da vacina da dengue; além do apoio financeiro aos estados e municípios que decretaram emergência em saúde pública por causa da doença ou outras crises sanitárias.
Até o momento, R$ 79 milhões foram destinados para esse fim; assim como um incremento de mais de R$ 300 milhões para recomposição do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, para aquisição de medicamentos para sintomas da dengue.
Brasil comprou todas as vacinas disponíveis
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O Ministério da Saúde adquiriu todas as vacinas disponibilizadas pelo fabricante. Porém, a quantidade de doses está limitada à capacidade operacional e logística da empresa.
Uma parte da população já começou a receber a vacina, distribuída em 521 municípios de regiões endêmicas. Esta semana, a Pasta anunciou nova estratégia de distribuição dos imunizantes. A ideia é redistribuir doses da vacina dentro de cada estado, para atender municípios ainda não contemplados. Para isso, o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) está trabalhando nos critérios para a redistribuição.
A iniciativa considera os dados epidemiológicos atualizados e os estoques de vacina em cada unidade da federação. Até o momento, 1,5 milhão de doses foram distribuídas, a partir do lote recebido pela empresa fabricante. Dessas, mais de 470 mil foram aplicadas até 21 de março deste ano.
É importante lembrar que a vacina Qdenga não oferece proteção contra Zika, Febre Amarela e Chikungunya. A eficácia do imunizante é exclusiva para a prevenção da dengue.
Combate à doença
É hora de unir forças. A principal forma de combater a dengue é acabar com a proliferação do mosquito por meio da eliminação de criadouros. Cerca de 75% dos focos do Aedes aegypti, transmissor da doença, estão em nossas casas.
Por isso, separe 10 minutos por semana e faça a sua parte. É muito importante manter sempre os locais de acúmulo de água totalmente cobertos com telas/capas/tampas, impedindo a criação do mosquito. Fique atento a ralos e demais recipientes (como baldes, vasos de plantas, etc.) que possam acumular água parada.
O uso de repelentes e roupas que tampem as áreas do corpo mais expostas, como braços e pernas, também é uma excelente ação de proteção individual contra a picada do mosquito, que é mais ativo durante o dia.
Mosquiteiros sobre a cama, telas em portas e janelas e ambientes limpos e arejados são mais uma forma de proteção.
ATENÇÃO aos sintomas
Os sintomas clássicos da dengue são: febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, diarreia, dor de cabeça ou ao redor dos olhos e dores musculares e nas articulações. Porém, o paciente pode entrar na chamada fase crítica após três a sete dias do início dos sintomas. A dengue é uma doença dinâmica e pode evoluir rapidamente de uma fase para outra.
É quando a febre começa a baixar, que os sintomas da dengue grave podem surgir. Por isso, procure ajuda o mais rápido possível caso apareçam alguns dos seguintes sinais: dor abdominal intensa, vômito persistente, às vezes até com sangue, sangramento nas gengivas ou nariz, dificuldade respiratória, confusão mental, fadiga, náuseas, queda da pressão arterial e sangue nas fezes.
Ficar em casa e se automedicar não é seguro. As 24 a 48 horas seguintes aos sinais de alarme são determinantes para evitar complicações e até morte. A orientação é sempre procurar atendimento médico imediatamente.
Mulheres grávidas, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas (asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, entre outras) são mais suscetíveis a desenvolver complicações, além de pessoas que contraíram a enfermidade mais de uma vez. Mesmo assim, todas as faixas etárias podem desenvolver a forma grave da dengue.
Fonte:
Informe Diário COE Dengue nº 18 | 21 de março de 2024
Entenda os critérios para distribuição das primeiras doses da vacina contra a dengue