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SAÚDE COM CIÊNCIA
Confira as respostas às principais dúvidas sobre as vacinas contra a Covid-19
Foto: Internet
Reunimos algumas informações por trás das narrativas mais comuns que ouvimos sobre as vacinas contra a doença. Confira abaixo:
1. As vacinas contra a Covid-19 realmente salvaram vidas durante a pandemia?
SIM. Desde o surgimento da pandemia da Covid-19, as vacinas contra a doença têm sido um dos fatores decisivos para a redução de mortes e hospitalizações graves em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas regiões onde as campanhas de vacinação foram amplas, a mortalidade pela doença caiu drasticamente.
Dados da OMS, de dezembro de 2023, indicam que pelo menos 13 bilhões de pessoas no mundo já iniciaram o esquema vacinal contra a Covid-19. No Brasil, mais de 557 milhões de doses da vacina foram aplicadas. Esses números refletem o impacto global da vacinação na mitigação da pandemia e nos esforços para alcançar a proteção coletiva, reduzindo a gravidade e a disseminação do vírus.
Com a evolução da vacinação contra a Covid-19, o número de mortes, hospitalizações e formas graves da doença diminuíram, até ser decretado o fim da pandemia.
2. Vacinas são seguras?
SIM. Muitos até hoje se perguntam: "Mas será que as vacinas contra a Covid-19 são mesmo seguras?" As vacinas contra Covid-19 ofertadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são eficazes, efetivas e seguras, possuem autorização de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e passam por um rígido processo de avaliação de qualidade pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fundação Oswaldo Cruz, instituição responsável pela análise de qualidade dos imunobiológicos adquiridos e distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Esse processo de aprovação das vacinas inclui várias fases de testes clínicos e uma extensa análise dos dados. Além disso, as vacinas são monitoradas continuamente. Tanto a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) quanto o Ministério da Saúde garantem que as vacinas usadas no Brasil seguem os mais altos padrões de segurança.
3. As vacinas contra covid-19 causaram várias doenças?
NÃO. Um dos maiores mitos sobre as vacinas contra a Covid-19 é que elas poderiam ocasionar alguma doença. Frequentemente circulam desinformações relacionando as vacinas com o surgimento de casos de câncer, herpes zóster, trombose, aids, entre outras doenças. Mas fique atento: nenhuma vacina contém o vírus ativo capaz de causar doenças.
As vacinas foram desenvolvidas para estimular o sistema imunológico de maneira segura, sem causar infecção. Ou seja, elas preparam o organismo para se defender sem o risco de uma infecção real. Esse tipo de tecnologia já é usado há anos e é cientificamente comprovada a sua segurança.
4. Todos precisam se vacinar contra a doença?
NÃO. A vacinação é uma das formas mais seguras de prevenção contra doenças. Atualmente, o esquema vacinal contra a Covid-19 inclui adultos, crianças e idosos. A Spykevax, vacina contra a doença disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), é a mais atual em utilização no mundo e eficaz contra formas graves e óbitos pelas variantes em circulação. As unidades básicas de saúde estão aplicando a vacina gratuitamente para crianças, grupos prioritários e pessoas que nunca foram vacinadas.
De acordo com a Estratégia de Vacinação contra a Covid-19 em 2024, os esquemas primários de vacinação não são mais recomendados rotineiramente para pessoas com 5 anos de idade ou mais que não fizerem parte do grupo prioritário. Contudo, se a pessoa não tiver se vacinado anteriormente e optar por se vacinar poderá receber uma dose da vacina COVID-19 monovalente (XBB), e crianças completamente vacinadas (três doses) anteriormente com outras vacinas contra covid-19 podem receber mais uma dose da vacina monovalente XBB.
Confira abaixo quem faz parte do grupo prioritário:
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Pessoas com deficiências permanentes
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores
- Pessoas imunocomprometidas
- Indígenas vivendo em terra indígena
- Indígenas vivendo fora de terra indígena
- Ribeirinhos
- Quilombolas
- Gestantes e puérperas
- Trabalhadores de saúde
- Pessoas com comorbidades
- Pessoas privadas de liberdade
- Funcionários do sistema de privação de liberdade
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas
- Pessoas em situação de rua
Saiba mais sobre o Movimento Nacional pela Vacinação.
5. Vacinas tem microchips?
NÃO. As vacinas contra a Covid-19 possuem apenas componentes necessários para gerar resposta imune e manter a qualidade do produto. De acordo com a Anvisa, nenhuma vacina contra a doença, bem como qualquer outro imunizante ofertado à população brasileira, possui grafeno, imãs, microchips ou materiais desconhecidos em sua composição.
Ao contrário do que alegam alguns conteúdos falsos em circulação, as bulas dos imunizantes autorizados pela Agência não citam a presença do minério em sua composição.
6. Doses de reforço são necessárias para manter proteção contra a Covid-19?
SIM. Conforme destacado pelo Instituto Butantan, diversos estudos já mostraram que, com o tempo, a imunidade adquirida com a vacinação contra o SARS-CoV-2 tende a cair, independente da vacina utilizada. Por isso, é muito importante estar com as doses de reforço em dia para continuar protegido. O Ministério da Saúde recomenda uma dose de reforço a partir dos 5 anos e duas doses de reforço para pessoas acima dos 40, que devem ser administradas após 4 meses da última dose.
Fontes:
As referências usadas nesta matéria são as seguintes:
Tira Dúvidas – Instituto Butantan
A mentira do “câncer turbo” e vacinas contra covid-19
Governo Federal reforça que não há evidências científicas ligando aids a vacinas contra a Covid-19
É falso que vacinas são magnetizadas, possuem microchips ou até mesmo grafeno
Esquemas Vacinais
Fato ou Fake – Instituto Butantan
Por que a nova vacina contra Covid-19 não é para todo mundo?