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Vacina contra covid-19
Por que a nova vacina da covid-19 não é para todo mundo?
Foto: Divulgação
A Spykevax, nova vacina contra covid-19 disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), protege contra cepas ômicron do vírus SARS-CoV-2, da subvariante XBB. Essa vacina é a mais atual em utilização no mundo e eficaz contra formas graves e óbitos pelas variantes em circulação. As unidades básicas de saúde estão aplicando a vacina para crianças, grupos prioritários e pessoas que nunca foram vacinadas. Com isso, logo surgiu a pergunta: por que a atual vacina contra covid-19 não é mais para todas as pessoas?
As vacinas contra a doença foram muito criticadas quando surgiram, no período da pandemia, e continuam sendo alvo de desinformação, em especial por grupos antivacinas. Por isso, é preciso atenção. Não se deixe levar por teorias da conspiração.
A eficiência do imunizante foi comprovada quando as pessoas, em todo o mundo, começaram a se vacinar. Com a evolução da vacinação, o número de mortes, hospitalizações e formas graves da doença diminuíram, até ser decretado o fim da emergência. Mas, afinal, por qual motivo a vacina não deve ser mais aplicada em todos?
Atual vacina contra covid-19 é para grupos prioritários
Há uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que já é tendência mundial, que direciona a vacinação contra a covid-19 para pessoas com maior risco de adquirir a doença e evoluir para formas graves, como hospitalização, insuficiência respiratória e até morte.
O Brasil segue essa orientação, já que a maioria das pessoas já tiveram a oportunidade de se vacinar, ou seja, já receberam o esquema básico da vacinação contra a doença. Além disso, quem ainda não recebeu nenhuma dose ainda pode se vacinar, mesmo que não faça parte dos grupos prioritários.
É importante lembrar que o risco de pessoas que não fazem parte dos grupos prioritários pegarem covid-19 e evoluírem para a forma grave é muito menor do que os grupos selecionados para tomar a vacina.
Conheça o público-alvo
A recomendação é para que crianças a partir de 6 meses de idade até as menores de 5 anos tomem a vacina como uma estratégia de rotina. Vale ressaltar que as crianças nessa faixa etária que completaram o esquema de vacinação (três doses) com outras vacinas podem receber uma dose da vacina XBB com o intervalo mínimo de três meses da última dose recebida.
Além disso, pessoas que fazem parte de grupos prioritários, ou seja, com maior risco de adquirir a doença nas formas graves e, eventualmente, morrer, também devem tomar. São elas:
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Pessoas com deficiências permanentes
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI)
- Pessoas imunocomprometidas
- Indígenas vivendo em terra indígena
- Indígenas vivendo fora de terra indígena
- Ribeirinhos
- Quilombolas
- Gestantes e puérperas
- Trabalhadores de saúde
- Pessoas com comorbidades
- Pessoas privadas de liberdade
- Funcionários do sistema de privação de liberdade
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas
- Pessoas em situação de rua
Saiba mais sobre o Movimento Nacional pela Vacinação.
Para quem ainda não tomou nenhuma dose da vacina
Qualquer pessoa com mais de seis meses de idade que não tomou nenhuma dose da vacina contra covid-19 ainda pode se vacinar. A criança tem como recomendação receber duas doses da vacina XBB, com intervalo de quatro semanas entre elas.
O calendário regular estipula que ela deve receber a primeira dose no sexto mês de vida e a segunda, no sétimo mês, respeitando esse intervalo mínimo de quatro semanas entre as doses.
Para pessoas com cinco anos de idade ou mais que não fazem parte dos grupos prioritários e nunca se vacinaram, apenas uma dose é suficiente para garantir a proteção.
Combate à desinformação
Conteúdos falsos na área da saúde podem matar. Por isso, fique atento! Cheque os conteúdos antes de repassá-los a outras pessoas, verifique as fontes e desconfie de textos muito sensacionalistas e cheios de adjetivos. E lembre-se sempre: vacinas salvam vidas!
Fontes:
Movimento Nacional pela Vacinação