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COMPONENTES DA VACINA
Grafeno não está presente em vacinas
Foto: Divulgação
Circula na internet um vídeo, em inglês e sem legenda, que afirma que as grandes farmacêuticas estão inserindo óxido de grafeno em todas as vacinas, o que pode transformar o vacinado em um condutor e, assim, atrair objetos. Será que faz sentido? O conteúdo acerta diretamente na desinformação e pode trazer resultados perigosos, já que pode estimular pessoas a rejeitar os imunizantes.
Vamos entender melhor essa Fake News para eliminá-la de uma vez por todas e explicar a quem acredita neste conteúdo falso.
O que é grafeno?
Conhecido como o material mais fino do mundo, o grafeno é composto por uma única camada de átomos de carbono dispostos em uma estrutura hexagonal, algo que lembra uma colmeia de abelhas.
Ele possui propriedades únicas, como alta condutividade elétrica, resistência mecânica e leveza, o que torna o material interessante para diversas aplicações tecnológicas e médicas.
Já o óxido de grafeno, tão comentado por grupos antivacina, é uma forma oxidada do grafeno.
Grafeno e vacinas
É importante ressaltar que não há nenhuma vacina aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que use grafeno como componente ativo.
Em aplicações médicas, estudos têm explorado o potencial do componente em diversas áreas, como biossensores e liberação controlada de medicamentos. Até o momento, as formas de grafeno utilizadas em pesquisas são cuidadosamente avaliadas quanto à segurança, especialmente em termos de toxicidade.
Qualquer material utilizado em vacinas passa por extensivos testes pré-clínicos e clínicos para garantir a segurança e eficácia do medicamento. A aprovação de uma vacina requer evidências robustas de sua segurança antes de ser disponibilizada ao público. O processo é realmente rigoroso e passa por várias etapas.
Desinformação
O grafeno não é tema novo quando se fala em Fake News, em especial durante a pandemia da covid-19. Vídeos de supostos vacinados contra a doença com metais presos às extremidades do corpo tentaram emplacar o grafeno como o responsável por esse "magnetismo". Ativistas antivacinas já conhecidos compartilharam imagens do suposto “fenômeno” dando ainda mais força à teoria de que o material é o responsável por tudo isso.
Estudiosos rejeitam essa teoria e afirmam que o grafeno não é solúvel, não tem propriedades magnéticas naturais e não poderia gerar magnetização, devido à pouca quantidade de material – uma lâmina de uma camada de átomos de espessura.
Portanto, as alegações de que o grafeno estaria envenenando vacinas não têm base científica ou evidências.
Compartilhe informação confiável
Agora que você já sabe que grafeno e vacinas não têm nada a ver, ajude a espalhar informação verificada e explique a todos a importância das vacinas. Procure fontes confiáveis, como autoridades de saúde e pesquisas científicas, para obter conteúdos confiáveis. Não compartilhe desinformação. Vacinas salvam vidas!
Fontes: