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Dengue Grave
Tira-dúvidas: entenda de vez os sintomas e tratamentos da dengue grave
- Foto: Freepik
Aumento de casos, internações e até óbitos em razão da dengue são temas frequentes em rodas de conversa e páginas de jornal. O cenário epidemiológico do país pede atenção e, principalmente, informação verificada.
Por isso, é importante entender o que é a doença, quais são os sintomas e qual é o tratamento adequado. A forma grave da dengue pode atingir uma em cada 20 pessoas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Confira abaixo tudo o que você precisa saber sobre a fase crítica da doença e a importância de buscar ajuda o mais rápido possível.
Conheça os principais sintomas
Os sintomas clássicos da enfermidade já são conhecidos: febre alta, manchas vermelhas pelo corpo, diarreia, dor de cabeça ou ao redor dos olhos e dores musculares e nas articulações. Porém, o paciente pode entrar na chamada fase crítica após três a sete dias do início dos sintomas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A dengue é uma doença dinâmica e pode evoluir rapidamente de uma fase para outra.
É quando a febre começa a baixar, que os sintomas da dengue grave podem surgir. Por isso, procure ajuda o mais rápido possível caso apareçam alguns dos seguintes sinais: dor abdominal intensa, vômito persistente, às vezes até com sangue, sangramento nas gengivas ou nariz, dificuldade respiratória, confusão mental, fadiga, náuseas, queda da pressão arterial e sangue nas fezes.
Atenção!. Ficar em casa e se automedicar não é seguro. As 24 a 48 horas seguintes aos sinais de alarme são determinantes para evitar complicações e até morte. A orientação é sempre procurar atendimento médico imediatamente.
Mulheres grávidas, crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas (asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, entre outras) são mais suscetíveis a desenvolver complicações, além de pessoas que contraíram a enfermidade mais de uma vez. Mesmo assim, todas as faixas etárias podem desenvolver a forma grave da dengue.
Tratamento
Não existe tratamento específico para combater o vírus da dengue. O mais importante é combater a desidratação e aliviar os sintomas. A hidratação adequada é a principal forma de tratar a doença.
Na fase inicial e também na crítica, o paciente deve procurar uma unidade de saúde para que o médico investigue os sintomas, peça exames, caso necessário, e siga com o tratamento. O protocolo pede a internação do paciente para o manejo clínico adequado se confirmado o estado grave.
Quanto mais rápido a pessoa com suspeita de dengue grave procurar uma unidade de saúde, mais eficaz será o tratamento e mais rápida será a recuperação.
Para os casos leves, a recomendação é repouso, enquanto durar a febre; hidratação (ingestão de líquidos); administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre. Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias.
Anti-inflamatórios e antitérmicos que contenham o ácido acetilsalicílico não devem ser usados.
Prevenção
O controle dos vetores da dengue é a melhor forma de prevenção contra o vírus. Para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, o ideal é acabar com qualquer acúmulo de água parada em locais que podem se tornar criadouros. Aqui, o compromisso de toda a população é parte fundamental para eliminação dos possíveis focos de larvas.
Cerca de 75% da transmissão ocorre dentro das casas. Por isso, com medidas simples e contínuas, cada pessoa pode fazer a sua parte. É simples: basta reservar alguns minutos na semana e fazer uma investigação em casa. É importante verificar se há acúmulo de água parada em caixas d’água, telhas, sacos de lixo, vasos de plantas, pneus, garrafas e tampas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção e todos os locais que podem se tornar possíveis criadouros do mosquito.
Além disso, receba bem os agentes de endemias e mantenha o hábito de usar repelentes e telas em janelas e portas.
Por fim, proteja a sua saúde. Dengue é coisa séria. Assim que perceber os sinais, vá até a unidade de saúde mais próxima.
Ministério da Saúde