É falso que mpox é efeito colateral da vacina contra Covid-19

Você já deve ter visto publicações nas redes sociais que afirmam que a mpox é efeito colateral da vacina contra Covid-19. O conteúdo é enganoso e quer, mais uma vez, inserir na população um sentimento de insegurança em relação à vacinação. 

Não há nenhum dado científico ou qualquer evidência que abra possibilidade para essa afirmação. A mpox é uma doença viral zoonótica transmitida aos seres humanos por meio de contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados. Ela é causada pelo vírus MPXV, pertencente ao gênero Orthopoxvirus e à família Poxviridae. E, claramente, não é um efeito colateral das vacinas contra a Covid-19 ou de qualquer outra vacina.

Todas as pessoas que apresentarem sintomas de mpox (erupções cutâneas ou lesões de pele; adenomegalia (ínguas); febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio; fraqueza) devem procurar imediatamente uma unidade básica de saúde (UBS) e adotar as medidas de prevenção.

É importante lembrar que desde a Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional (ESPII) para mpox ocorrida em 2022, as ações de vigilância para a doença se mantiveram como prioridade no Ministério da Saúde, que já vinha acompanhando com atenção a situação da doença no mundo e monitorando as informações compartilhadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por outras instituições.

Importância da vacinação

O atual cenário da Covid-19 no país, com a redução de casos graves e óbitos em comparação aos primeiros anos da pandemia, é resultado direto
de uma campanha de vacinação eficaz.

As vacinas desenvolvidas para combater a doença foram submetidas a rigorosos testes clínicos e revisões antes de serem aprovadas. A segurança
e eficácia das vacinas são atestadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e principais agências reguladoras, como FDA (EUA), EMA (Europa) e
Anvisa (Brasil).

Até o momento, milhões de pessoas foram vacinadas e a presença de efeitos colaterais graves é extremamente rara. A maioria dos efeitos colaterais é leve e temporário.

Não caia em Fake News

Vacinas salvam vidas. Busque informação em fontes confiáveis e, se possível, com dados cientificamente comprovados. Não compartilhe conteúdos sensacionalistas e que representam teorias da conspiração sem nenhum embasamento na realidade.

Marcela Saad
Ministério da Saúde