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Prevenção ao câncer
Por que um câncer se espalha?
Por que um câncer se espalha?
O câncer é uma doença crônica que surge a partir de alterações no DNA das células do corpo, que passam a receber “instruções erradas” para desenvolver as suas atividades. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), surge a partir de mutações genéticas, ou seja: de alterações no DNA da célula.
Ainda de acordo com o INCA, o processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente. Pode levar vários anos para que uma célula maligna prolifere e dê origem a um tumor visível.
Os efeitos cumulativos de diferentes agentes carcinogênicos são os responsáveis pelo início, pela promoção e progressão do tumor, bem como pela inibição dos mecanismos de reparo . A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes causadores da doença, e por características individuais (genéticas), que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), uma característica que define o câncer é a rápida multiplicação de células anormais que crescem além de seus limites habituais e podem invadir partes adjacentes do corpo e se espalhar para outros órgãos, processo referido como metástase. A metástase é a principal causa de morte por câncer. Essa capacidade de replicação desorganizada com risco de atingir tecidos e órgãos vizinhos é uma particularidade do tumor maligno.
Segundo o médico oncologista Gélcio Mendes, em entrevista ao Ministério da Saúde, tumores malignos têm a capacidade de invadir tecidos ao redor do local onde surgem. Algumas dessas células podem entrar na circulação sanguínea ou linfática e até mesmo se lançarem em cavidades, como por exemplo a cavidade peritoneal ou cavidade pleural.
Quando isso acontece, surgem novos tumores, onde essas células se alojam. Esse processo pode ocorrer desde a fase mais precoce do desenvolvimento dos tumores, e com maior frequência nas fases mais avançadas, explica o médico.
Ainda de acordo com o especialista, cada tipo de tumor tem características de localização e comportamento diferentes, então pode produzir metástases em vários órgãos com frequências distintas. Os órgãos mais comumente comprometidos, por exemplo, no câncer de pulmão, são os linfonodos (gânglios linfáticos), o próprio pulmão, a glândula suprarrenal, o fígado, os ossos e o cérebro.
No caso do câncer do estômago e do intestino, os linfonodos, o fígado e o peritônio são os principais locais de surgimento de metástase. No câncer de próstata, os linfonodos e os ossos. Para o câncer de mama, os linfonodos, o fígado, os ossos, pulmão e o cérebro. Para o câncer da tireoide, o pulmão e os ossos são as localizações mais comuns. Assim, a frequência da metástase varia segundo o tipo de câncer.
Prevenção e tratamento
Conforme orientações do INCA, a prevenção pode ser dividida em dois objetivos: a primeira que é impedir que o câncer se desenvolva. Isso inclui evitar a exposição aos fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida saudável. A segunda que é detectar e tratar doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres assintomáticos iniciais. Já o tratamento do câncer pode ser feito por meio de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade.
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