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Glossário Saúde Brasil
Ambiente Obesogênico
Ambientes obesogênicos são aqueles que contribuem para a obesidade e podem ser entendidos a partir da ausência de espaços que permitam a construção de hábitos saudáveis. Características do contexto em que a pessoa está inserida, como a disponibilidade e o acesso aos alimentos, e o ambiente natural e construído - que envolvem pontos de venda de alimentos, a existência ou a ausência de calçadas em boas condições e de ciclovias, áreas verdes e outros espaços que favorecem ou dificultam a prática de atividade física, dentre outros - podem influenciar a construção dos hábitos. Entendendo a importância do ambiente como fator que influencia a obesidade, se os espaços percorridos ao longo do dia não favorecerem atitudes e comportamentos saudáveis, eles podem contribuir para o desenvolvimento e a manutenção do excesso de peso. Saiba como identificar ambientes obesogênicos:
Em casa
A substituição constante de uma alimentação adequada e saudável (com preparações culinárias tradicionais, baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados) por alimentos ultraprocessados nas refeições. Além disso, comer sem regularidade e atenção contribui para o hábito de comer a qualquer hora, ou “beliscar”. Comer na frente de telas favorece um mecanismo de “alimentação inconsciente”, no qual mastiga-se menos e come-se mais; além de favorecer a exposição à publicidade de alimentos ultraprocessados (na TV, em websites, aplicativos de redes sociais e jogos on-line) . Deixar de comer em companhia e em locais adequados (sentado à mesa)... Outros fatores incluem maior disponibilidade e acesso a equipamentos eletrônicos, como TVs, computadores, videogames, outros dispositivos de tela como smartphones e tablets, em casa, que contribuem para o aumento do comportamento sedentário e para a diminuição da atividade física.
No trabalho
Falta de estrutura voltada para a alimentação saudável, como copas equipadas com mesas e cadeiras para as refeições, e eletrodomésticos para armazenar e aquecer os alimentos levados. Possuir restaurantes que não ofertem refeições adequadas e saudáveis. Adotar uma política de trabalho que não respeita as pausas para que seus colaboradores e colaboradoras possam se alimentar com calma e atenção.
Na escola
Presença de cantinas que comercializem alimentos e bebidas ultraprocessados para crianças e adolescentes e que não priorizam a oferta de alimentos adequados e saudáveis e para as instituições que são contempladas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, quando a instituição não segue as instruções para aquisição dos alimentos que estão previstos nas Normativas do Programa.
Além disso, a ausência de espaços, tempo e/ou equipamentos que favoreçam a prática de atividade física e a diminuição do comportamento sedentário nas escolas.
No ambiente urbano
Falta de locais, tanto naturais quanto construídos, que promovam ou favoreçam a prática regular de atividade física, como praças públicas, parques públicos e academias coletivas, com infraestrutura e segurança. Ausência de um desenho urbano que, inclusive, viabilize o deslocamento ativo das pessoas ao longo do seu trajeto.
Ver também:
A obesidade não é uma questão individual