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EU QUERO PARAR DE FUMAR
Sem recaídas: o que fazer quando a abstinência surgir?
Tomar a decisão de parar de fumar não é só o melhor, mas o principal ponto de partida. Os benefícios da parada são incontáveis e muitos deles podem ser percebidos logo de cara. Mas apesar de ser a melhor escolha, ela não deixa de ser difícil. Saber que essa mudança vai demandar paciência com alguns efeitos colaterais provocados pela falta do cigarro faz parte do processo, e isso não deve ser motivo para desistir. Na verdade, entender o que acontece com o tabagista e suas tentativas de parar de fumar é fundamental para passar por essa fase.
Entre os principais sintomas da abstinência estão: dor de cabeça, irritabilidade, agressividade, alteração do sono, dificuldade de concentração, tosse, indisposição gástrica e outros. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a nicotina é considerada uma droga bastante danosa e, assim como a cocaína, heroína e álcool, ela atua no sistema nervoso central, mas com uma diferença: leva entre 7 a 19 segundos para chegar ao cérebro. Então é normal que, ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis. Mas as dificuldades tendem a ser menores com o tempo.
Além disso, cabe reforçar que cada organismo funciona de um jeito. Isso quer dizer que a percepção e a intensidade dos sintomas de abstinência também podem variar de pessoa para pessoa. Ou seja: não são todos os fumantes que vão experimentar as mesmas sensações. E mesmo quando acontecerem, existe ainda uma ótima notícia: elas tendem a desaparecer em uma ou duas semanas. Em alguns casos, pode chegar a quatro semanas. O INCA afirma ainda que sintomas como dor de cabeça, tonteira e tosse, apesar de incômodos, representam algo bastante positivo, que é o restabelecimento do organismo. É o seu corpo se recuperando!
Mas de todos os efeitos colaterais da cessação do tabaco, sem dúvida alguma, o mais difícil de lidar é a “fissura”. Em outras palavras: aquele desejo forte de fumar, sendo daí, inclusive, que saem as recaídas. E esses altos e baixos acontecem graças aos desconfortos físicos e psicológicos sentidos pelo tabagista, afinal estamos falando de uma dependência química.
O importante é, primeiramente, saber que essa “fissura” é passageira e, geralmente, não dura mais que 5 minutos. Além disso, ela vai diminuindo gradativamente, assim como aumenta o intervalo entre uma crise e outra. Em segundo lugar, o fumante pode ter em mente que faz parte ter uma recaída e precisar recomeçar. O que vale mesmo é não desistir!
Sendo assim, fica claro que esse momento não precisa ser sinônimo de sofrimento, mas de grandes e boas expectativas. Para ajudar nesse processo, vale ficar de olho em algumas dicas que fazem toda a diferença na hora de lidar com a abstinência do cigarro. A primeira delas já falamos aqui, que é ter a consciência de que o desconforto é passageiro.
Em segundo lugar, não dá para lidar com a tentação tendo ela tão perto. Por isso, é essencial que o fumante não tenha cigarros por perto. Assim, as chances de fumar vão diminuir. Seguindo essa mesma linha de raciocínio, evitar contato com tudo aquilo que lembra o cigarro também ajuda bastante, especialmente porque o ato de fumar, geralmente, está relacionado a diversas situações estimulantes e que estão presentes na rotina. No fim das contas, são pequenos gatilhos que podem e devem ser evitados.
E por que não trocar sensações ruins por hábitos positivos? É o caso de incluir tanto a atividade física e quanto a alimentação adequada e saudável no dia a dia. Certamente são pontos que vão fortalecer ainda mais a pessoa que está vivendo esse processo de parada. E por fim, manter-se positivo é super importante. Apesar das dificuldades, mantenha o foco nos benefícios.