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Eu quero me exercitar
Você promove saúde?
Criado em 7 de abril de 1948 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Dia Mundial da Saúde tem o objetivo de chamar a atenção para as prioridades específicas da saúde global. Uma mobilização mundial que aponta para a promoção da saúde como um caminho para garantir mais qualidade de vida.
O conceito de saúde vai mundo além da ausência ou da presença de doenças. Existe um contexto amplo que envolve diversos fatores na vida de uma pessoa e de uma sociedade inteira. Seguindo essa linha mais abrangente, em 1946 a própria OMS definiu “saúde” como um estado de completo bem-estar físico, mental e social.
A percepção do conceito de qualidade de vida tem muitos pontos em comum com a definição de saúde. É fundamental analisar o corpo, a mente e até mesmo o contexto social no qual o indivíduo está inserido para conceituar melhor o estado de saúde. E por falar no contexto de cada um, cabe aqui levar em consideração que a realidade de muitas pessoas não preenche todas as lacunas de uma saúde plena.
Os hábitos de vida adotados pelos indivíduos são amplamente influenciados pelo ambiente, pois induzem à adoção de comportamentos relacionados à alimentação e a práticas de atividades inadequados. Deste modo, os ambientes nos quais os indivíduos estão inseridos, detém todos os elementos que favorecem as escolhas alimentares não saudáveis e comportamentos menos ativos fisicamente e mais sedentários, como: a oferta e a exposição à alimentos ultraprocessados no ambiente escolar; a publicidade de alimentos não saudáveis dirigida a crianças; o custo dos alimentos saudáveis; a facilidade de acesso físico a alimentos não saudáveis e a dificuldade de acesso a alimentos saudáveis, como frutas, legumes e verduras, são exemplos de barreiras que extrapolam a esfera individual e familiar, mas que impactam diretamente na adoção de hábitos alimentares saudáveis e, consequentemente, no risco de excesso de peso; o fácil e rápido acesso a atividades consideradas de lazer com o uso de telas, como celular, tablet, computador, videogame e televisão; a indisponibilidade ou as más condições de espaços públicos, além da insegurança que dificultam as brincadeiras e atividades ativas ao ar livre; a infraestrutura das cidades e a insegurança que induzem a deslocamentos não ativos por meio de carros ou de ônibus e desfavorecem os deslocamentos ativos, a pé ou de bicicleta, entre outros
Diante desse cenário, um movimento precisa ser feito em conjunto com a população, agentes públicos e sociedade civil, para priorizar esforços coletivos e implementar ações efetivas. Um Movimento que incentive hábitos saudáveis e promova a saúde.
O que promove a saúde?
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a equidade, quando baseia as práticas e as ações de promoção de saúde, na distribuição igualitária de oportunidades, considerando as especificidades dos indivíduos e dos grupos;
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a participação social, quando as intervenções consideram a visão de diferentes atores, grupos e coletivos na identificação de problemas e solução de necessidades, atuando como corresponsáveis no processo de planejamento, de execução e de avaliação das ações;
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a autonomia, que se refere à identificação de potencialidades e ao desenvolvimento de capacidades, possibilitando escolhas conscientes de sujeitos e comunidades sobre suas ações e trajetórias. o empoderamento, que se refere ao processo de intervenção que estimula os sujeitos e coletivos a adquirirem o controle das decisões e das escolhas de modos de vida adequado às suas condições sócio-econômico-culturais;
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contribuir para a adoção de práticas sociais e de saúde centradas na equidade, na participação e no controle social, visando reduzir as desigualdades sistemáticas, injustas e evitáveis, com respeito às diferenças de classe social, de gênero, de orientação sexual e identidade de gênero, entre gerações, étnico-raciais, culturais, territoriais e relacionadas às pessoas com deficiências e necessidades especiais;
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favorecer a mobilidade humana e a acessibilidade e o desenvolvimento seguro, saudável e sustentável;
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promover a cultura da paz em comunidades, territórios e Municípios;
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apoiar o desenvolvimento de espaços de produção social e ambientes saudáveis, favoráveis ao desenvolvimento humano e ao bem-viver;
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valorizar os saberes populares e tradicionais e as práticas integrativas e complementares;
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promover o empoderamento e a capacidade para tomada de decisão e a autonomia de sujeitos e coletividades por meio do desenvolvimento de habilidades pessoais e de competências em promoção e defesa da saúde e da vida;
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enfrentamento do uso abusivo de álcool e outras drogas, que compreende promover, articular e mobilizar ações para redução do consumo abusivo de álcool e outras drogas, com a corresponsabilização e autonomia da população, incluindo ações educativas, legislativas, econômicas, ambientais, culturais e sociais;
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promoção da mobilidade segura.
Não dá para falar em vida saudável sem mencionar a alimentação, uma vez que hábitos alimentares saudáveis são fatores para a prevenção, o tratamento, o surgimento e o agravamento de doenças. Isso porque alimentos in natura ou minimamente processados têm a capacidade de fornecer os nutrientes que seu corpo necessita e promovem a manutenção e restauração da saúde do seu organismo. Os ultraprocessados vão na direção oposta: contribuem para o ganho de peso e o desenvolvimento e/ou agravamento de doenças crônicas como a diabetes, podendo provocar até mesmo alguns tipos de câncer.
A alimentação adequada e saudável é um direito humano básico, que envolve a garantia do acesso permanente e regular a alimentos, de forma socialmente justa e baseada em práticas alimentares adequadas aos aspectos biológicos e sociais dos indivíduos. Ela deve ser referenciada pela cultura alimentar e ser acessível do ponto de vista físico e financeiro. A oferta de alimentos, assim como a sua qualidade, influencia no surgimento de doenças. Os ambientes e locais que as pessoas frequentam podem favorecer ou não a obesidade.
Andando de mãos dadas com a alimentação, está a prática de atividade física. São inúmeros os benefícios de uma vida fisicamente ativa para a manutenção da saúde do corpo e da mente. A prática regular de atividade física está associada à redução do risco de doenças crônicas, como câncer, diabetes, hipertensão e obesidade. Está ainda associada a uma melhora das condições motoras, da qualidade do sono e ao aumento da disposição.
Isso sem falar dos benefícios sociais que as atividades físicas coletivas proporcionam, configurando excelentes oportunidades para interagir e fazer novos amigos. Vale ressaltar os impactos positivos de uma vida ativa para a autoestima, a redução dos sintomas de depressão, ansiedade e controle do estresse. Aliada a uma alimentação adequada e saudável, a atividade física surge como um pilar extremamente importante na prevenção e manutenção da saúde plena.
E quando o assunto é saúde física e mental, não dá para esquecer do cigarro. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabagismo por si só tem relação com aproximadamente 50 enfermidades, dentre elas vários tipos de câncer, doenças do aparelho respiratório, doenças cardiovasculares, do aparelho digestivo e tantas outras que interferem na qualidade de vida de qualquer pessoa. Isso sem falar nas questões emocionais que podem estar por trás do hábito de fumar. Ficar longe do cigarro também é uma forma de ter mais saúde.
Todos juntos somos responsáveis por promover e melhorar nossa saúde. Faça a sua parte e poste hoje na sua rede social o que fez pela saúde hoje?