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Eu quero me alimentar melhor
Não entende o que está escrito no rótulo? Sinal vermelho!
Quando você prepara sua própria comida, a partir de alimentos in natura, fica fácil reconhecer o que está sendo consumido. Como as frutas, legumes e verduras vêm da natureza para a mesa sem qualquer modificação, precisam apenas de uma higienização e preparo prévio. E é justamente por isso que são escolhas tão saudáveis.
Mas como existem alguns produtos que são comprados em supermercados, é preciso estar atento aos seus respectivos rótulos na tentativa de reconhecer o que está sendo consumido e, assim, fazer escolhas de alimentos que sejam mais adequados, auxiliando na manutenção uma alimentação saudável e prevenção de problemas futuros. É pelo rótulo que é possível descobrir se um alimento tem excesso de gordura, açúcar e sódio, por exemplo.
Ler o rótulo dos produtos é o melhor caminho para reconhecer o que está sendo consumido
Em geral, os alimentos ultraprocessados possuem um número elevado de ingredientes e, sobretudo, ingredientes com nomes pouco familiares e não usados em preparações culinárias domésticas, como gordura vegetal hidrogenada, espessante, aromatizante, etc. E é pela lista de ingredientes que é possível identificar qual está em maior ou menor quantidade naquele produto.
Segundo Ana Paula Bortoletto, que é nutricionista e pós-doutoranda da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), a primeira dica é observar a ordem em que aparecem os ingredientes nessa lista. Se aparecer açúcar, sal ou gordura como primeiro da lista, por exemplo, é um sinal de alerta: isso significa que o produto tem mais desses ingredientes do que qualquer outro componente.
O primeiro alimento que aparece na lista de ingredientes indica que ele está em maior quantidade no produto
Em seguida, observar a quantidade de ingredientes presentes com nomes que o consumidor não reconhece ou que ainda não conseguiria reproduzir a receita em casa. Isso significa dizer que o grau de processamento deste produto é muito elevado. A profissional explica ainda que o consumidor deve estar atento às informações das embalagens, que frequentemente podem levar ao erro.
Por exemplo: quando um rótulo fala que aquele produto é rico em vitaminas e fibras, não significa que ele é necessariamente saudável por isso. Essa pode ser uma forma da indústria te fazer achar que está comendo algo que faz bem, mas que na verdade não faz. Os produtos light ou zero não possuem açúcar, mas no lugar dele têm a adição de adoçante. E esse é um ingrediente que não deve ser consumido por qualquer pessoa, apenas por aquelas que realmente têm indicação.
Açúcar, sal ou gordura como primeiros da lista? É hora de ligar o sinal de alerta
A nutricionista reforça que ficar atento aos rótulos dos alimentos é fundamental para ter sucesso na missão de manter uma alimentação saudável, especialmente quando é cada vez maior a oferta massiva de alimentos embalados. A informação clara sobre os ingredientes presentes é o que garante a escolha mais adequada e saudável na hora de comprar, principalmente levando em consideração o marketing agressivo dos ultraprocessados.
Saiba mais – In natura, processados, ultraprocessados: conheça os tipos de alimentos
Nova regra de rotulagem
Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a nova regra sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados. O objetivo da mudança é melhorar a clareza e a legibilidade das informações nutricionais presentes no rótulo dos alimentos, além de auxiliar o consumidor a realizar escolhas alimentares mais conscientes.
Ingredientes difíceis de decifrar representam um grau de processamento muito elevado
De acordo com Ana Paula, a tabela nutricional usada hoje em dia é de difícil entendimento da grande maioria dos consumidores, o que impossibilita boas escolhas alimentares. Mas a partir da mudança, ela vai ter um tamanho e um formato maior para facilitar a visualização. Ela vai ter a informação sobre a quantidade de açúcar totais e adicionais, que hoje não é obrigatória, e também deverá ser disponibilizada a declaração do valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml, para ajudar na comparação de produtos, e o número de porções por embalagem.
Outra inovação é a rotulagem nutricional frontal. Ou seja, um será colocado um símbolo indicando se ele tem alto teor de algum ingrediente específico. A ideia é esclarecer o consumidor, de forma clara e simples, sobre a quantidade elevada de algum item que ofereça impactos negativos para a saúde. Para isso, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio.
Nem tudo o que parece é! Mesmo que o rótulo fale que aquele produto é rico em nutrientes não significa que ele é saudável por isso
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