Notícias
Eu quero me alimentar melhor
Dia da mulher: recomendações para uma vida mais saudável
Celebrado em 08 de março, o Dia Internacional da Mulher é uma data que marca o reconhecimento das conquistas sociais, políticas e culturais da população feminina mundial ao longo dos últimos séculos. E nada melhor que aproveitar uma data tão simbólica para promover a saúde e bem-estar mental. Confira 5 motivos para ser uma protagonista da sua própria saúde:
Veja também - Sinta-se bem com o seu corpo e a sua aparência ao praticar atividade física!
1 – Encontrar nos alimentos aliados para uma vida saudável
Os alimentos são o combustível para que o corpo funcione bem e realize as atividades do dia a dia. Por esse motivo é tão importante ter uma alimentação adequada e saudável. São os alimentos nossos aliados na prevenção de doenças, como hipertensão arterial, diabetes, obesidade, câncer, entre outras.
Como o Guia Alimentar para a População Brasileira orienta, uma alimentação adequada e saudável tem como base os alimentos in natura e os minimamente processados, aqueles que preservam características fundamentais do alimento natural, como o arroz e o feijão que se come em casa, além das frutas, hortaliças, vegetais, cereais e leguminosas. Eles são as principais fontes de energia e nutrientes que garantem não só o bom funcionamento do organismo, mas também a proteção. E tão importante quanto investir na comida de verdade para manter a saúde em dia, é evitar os alimentos ultraprocessados. Eles possuem alto teor de gordura, sódio e açúcar e aditivos químicos.
Veja também - 5 passos para ajudar a detectar o câncer de mama
2 – A saúde mental é tão importante quanto a saúde física
Muitas vezes a saúde é tratada apenas como algo físico. É comum ouvir falar nos cuidados com o coração, na prevenção do diabetes, da obesidade, do câncer, da hipertensão e de tantas outras doenças. Mas por trás desse corpo existe uma mente e ela também necessita de cuidados. As doenças emocionais também afetam a saúde das pessoas.
Segundo o Ministério da Saúde, a saúde mental das mulheres possui peculiaridades com relação à dos homens. Isso porque existe nelas uma dinâmica hormonal diferente em cada fase da vida: no ciclo menstrual, na gravidez, durante a amamentação e depois na menopausa. Mas é importante destacar que muitos dos elementos que afetam as mulheres vêm também das pressões sociais sofridas por elas, seja pelos padrões estéticos e de comportamento estabelecidos pela sociedade, como também pela exigência de uma sobrecarga de trabalho fora e dentro de casa, com a não divisão dos trabalhos domésticos e cuidado com os filhos, por exemplo.
Afinal, quase metade dos lares brasileiros são chefiados por mulheres, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Além disso, os arranjos familiares formados por mulheres, sem cônjuges e com filhos menores de 14 anos estão entre os que mais se encontram em situação de pobreza extrema.
Por conta de todos esses fatores, mulheres estão mais propensas às alterações de humor e transtornos de ansiedade, sendo mais suscetíveis a sofrerem de depressão. Sendo assim, é importante que estejam atentas a estes sintomas e procurem um profissional de saúde para conversar sobre a saúde mental, seja na unidade básica de saúde perto de casa, seja nos diversos estabelecimentos que compõem a rede de atenção psicossocial, especializada em cuidados com a saúde mental.
Veja também - Movimente-se mais! Um pouquinho por dia já proporciona benefícios físicos e mentais
3 – O cigarro para as mulheres é ainda pior
O tabagismo é fator de risco para a saúde independente do sexo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as principais causas de morte na população feminina são, em primeiro lugar, as doenças cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico); em segundo, as neoplasias malignas (mama, pulmão e colo de útero) e, em terceiro, as doenças respiratórias. Diante desses dados, é possível perceber que as três causas podem estar relacionadas ao tabagismo.
Somado a isso, o tabagismo tem um forte impacto na fertilidade das mulheres, reduzindo essa taxa de 75% para 57% em razão do efeito causado pela concentração de nicotina no fluído folicular do ovário, de acordo com o INCA. As que fumam antes da gravidez têm duas vezes mais probabilidade de atraso na concepção e, aproximadamente, 30% mais chances de serem inférteis.
Mas além de provocar danos à saúde, o cigarro é também um inimigo da autoestima. O tabagismo tem uma enorme capacidade de afetar o maior órgão do nosso corpo: a pele. Isso porque o fumo prejudica a capacidade de renovação celular, o que acelera o processo de envelhecimento. Fato que está relacionado à redução na produção de colágeno em mais de 40%, sendo essa uma importante proteína presente no organismo que contribui para a elasticidade, hidratação e resistência da pele.
Junto com o surgimento das rugas, o tabaco também é responsável pelo ressecamento da pele e o surgimento de manchas amarelas. Assim como acontece com o sorriso, o alcatrão presente no cigarro pode provocar essa mudança de tonalidade, deixando a pele e as unhas de quem fuma com um aspecto amarelado.
Veja também - Tabagismo e câncer de mama: existe relação?
4 – A atividade física oferece benefícios que talvez você nem imagina
A Atividade física é fundamental para a saúde, estando entre os pilares para se ter uma vida saudável. Ela é importante para o pleno desenvolvimento humano e deve ser praticada regularmente em qualquer idade. Entre seus benefícios, o Guia de Atividade Física para a População Brasileira destaca: o controle do peso; a diminuição da chance de desenvolvimento de alguns tipos de cânceres; a diminuição da chance de desenvolvimento de doenças crônicas, como a diabetes (alto nível de açúcar no sangue), pressão alta e doenças do coração; a melhora da disposição: e a promoção da interação social.
Mas além disso, ao colocar o corpo em movimento, é possível garantir a melhora do humor, dos sintomas depressivos e da sensação de bem-estar, além da redução da ansiedade e do estresse. Isso porque as atividades físicas aumentam a liberação dos neurotransmissores ligados ao humor, como a serotonina e a endorfina. Essa prática regular tem grande influência inclusive na autoestima.
E sobre isso, é importante destacar que a atividade física pode contribuir para o desenvolvimento da imagem corporal positiva. Levar uma vida fisicamente ativa tem o grande potencial de nos fazer perceber o quanto o nosso corpo é capaz, proporcionando a sensação de estar superando algum desafio. A atividade física também melhora a nossa capacidade de realizar afazeres da vida diária e, assim, ajuda a nos lembrar que ele não é feito para parecer bonito para a sociedade, mas sim para ser funcional. Ele é nosso instrumento para viver a vida.
E sabe a famosa Tensão Pré-Menstrual? A síndrome, popularmente chamada da TPM, é uma realidade para boa parte das mulheres e pode provocar vários sintomas. São mais de 150 descritos, todos eles causadores de incômodo para as mulheres, afetando diretamente sua qualidade de vida. Mas a prática de atividade física também auxilia nesse período, pois ajuda na regulação dos hormônios, gera sensação de bem-estar e satisfação pessoal, principalmente ao praticar atividades físicas preferidas.
Veja também - Doce, mas nem tanto: 5 dicas para reduzir o consumo do açúcar
5 – Cuidar da saúde é mais do que cuidar só do corpo
Como vimos, muitos são os fatores que influenciam na saúde das mulheres – uma alimentação adequada e saudável, prática de atividade física, evitar o tabagismo e ficar atenta às emoções são alguns. Assim, cuidar da saúde vai muito além de cuidar do nosso corpo físico, mas inclui também a adoção de comportamentos saudáveis, que propiciem uma melhor qualidade de vida. Entre eles está o autocuidado.
O autocuidado está relacionado com o que as pessoas realizam individualmente a fim de preservar a saúde e o bem estar, além de prevenir doenças. Também tem a ver com o empoderamento a partir do autoconhecimento e da capacidade de discernir o que faz mal à saúde, por meio da aquisição de informações em fontes confiáveis, como o olhar crítico para a publicidade de alimentos, por exemplo.
Quando falamos em autocuidado também falamos de percepção da autoimagem que tem relação com os padrões estéticos muitas vezes inalcançáveis para a maioria das mulheres, e estabelecidos pela sociedade em que vivemos. A preocupação excessiva com o peso corporal e a busca desmedida por uma silhueta específica foge de uma existência saudável, que passa por uma alimentação equilibrada, uma vida fisicamente ativa e a aceitação do próprio corpo, sem cobranças, frustrações e comparações.
Por isso, o cuidado com o corpo ultrapassa números na balança ou uma medida na fita métrica. É importante que seja um projeto que promova saúde e qualidade de vida. Afinal, cada pessoa possui uma realidade e um perfil físico distinto. E os padrões estéticos mudam com o tempo, com a cultura de uma e de outra população, e as diferenças devem ser valorizadas em qualquer situação, também considerando essa pluralidade.