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Eu quero me alimentar melhor
Saúde Brasil conta histórias sobre os caminhos da comida de verdade
Quando nos deparamos com os alimentos na despensa, parece automático pensar que a origem deles é o supermercado ou a feira. Para o consumidor, esse é realmente o caminho. Primeiro idealizamos a lista de compras para, em seguida, trazer todos os produtos necessários para casa. Daí em diante, vamos manusear cada um desses alimentos e transformá-los em preparações culinárias deliciosas e nutritivas.
Seja no comércio local, na mão do pequeno produtor ou em algum supermercado grande, os alimentos in natura percorrem um longo trajeto até chegar à nossa mesa. Por traz desse processo, encontramos histórias de quem planta, colhe, vende, cozinha e come. Mais do que isso: encontramos pessoas que acreditam em uma cultura alimentar baseada na comida de verdade e fazem dela não só a sua fonte de renda, mas também uma fonte de saúde. E é sobre essa jornada que trata a série Caminhos da Comida de Verdade.
Dividida em episódios temáticos, em que cada um deles apresenta a trajetória de um alimento, a série tem o papel de popularizar e valorizar alimentos que são ricos em sabor, nutrientes e a cara do nosso país. Em vídeos de até 2 minutos, são mostrados os bastidores de como o arroz e o feijão, por exemplo, chegam até o prato do brasileiro.
Falar sobre a alimentação adequada e saudável, que é baseada em alimentos in natura e minimamente processados, vai além de uma questão de saúde. É um conceito diretamente ligado a um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável. Isso porque ele leva em conta o impacto das formas de produção e distribuição dos alimentos sobre a justiça social e a integridade do ambiente.
De acordo com o Guia Alimentar Para a População Brasileira, publicação do Ministério da Saúde, as formas de produzir e distribuir alimentos vêm se modificando de maneira desfavorável para a distribuição social das riquezas, assim como para a autonomia dos agricultores, a geração de oportunidades de trabalho e renda, a proteção dos recursos naturais e da biodiversidade e a produção de alimentos seguros e saudáveis. Estão perdendo força sistemas alimentares centrados na agricultura familiar, em técnicas tradicionais e eficazes de cultivo e manejo do solo, dando lugar a sistemas alimentares que operam baseados em monoculturas e que fornecem matérias-primas para a produção de alimentos ultraprocessados, ou para rações usadas na criação intensiva de animais.
Em contrapartida, o consumo de arroz, feijão, milho, mandioca, batata e vários tipos de legumes, verduras e frutas tem como consequência natural o estímulo da agricultura familiar e da economia local, favorecendo formas solidárias de viver e produzir. E contribuindo para promover a biodiversidade e para reduzir o impacto ambiental da produção e distribuição dos alimentos.
E como a produção alimentar vai muito além do trabalho sob o ponto de vista prático, colocar na mesa uma comida que veio das mãos desses trabalhadores, de pessoas que cuidam da terra como uma verdadeira vocação, é também resgatar o lado afetivo da comida e fazer girar uma engrenagem composta pelo viés da saúde, da sociedade e do meio ambiente.
Conheça abaixo alguns dos episódios já publicados: