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EU QUERO ME ALIMENTAR MELHOR
5 razões que podem estar te impedindo de ter uma alimentação saudável
Para todas as pessoas, o momento das refeições é algo unânime. Afinal de contas, alimentar-se é uma necessidade essencial à vida. Mas mesmo tendo isso em comum, as escolhas alimentares são diferentes para cada pessoa. E dentro desse espectro, exige diversas variáveis que vão impactar no resultado final, que seria as escolhas do que vai ser colocado no prato. E isso vai impactar diretamente no quão saudável pode ser essa alimentação.
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, a constituição da autonomia para escolhas mais saudáveis no campo da alimentação depende do próprio sujeito, mas também do ambiente onde ele vive. Ou seja, depende da capacidade individual de fazer escolhas de governar e produzir a própria vida e também de condições externas ao sujeito, incluindo a forma de organização da sociedade e suas leis, os valores culturais e o acesso à educação e a serviços de saúde.
Sendo assim, adotar uma alimentação saudável não é meramente questão de escolha individual. E esse é um aspecto importante para ser lembrado principalmente quando falamos sobre a obesidade. É muito comum existir a culpabilização do indivíduo obeso, quando na verdade a doença se constitui a partir de vários fatores, inclusive se o ambiente no qual a pessoa está inserida incentiva o consumo de alimentos desbalanceados nutricionalmente, como é o caso dos ultraprocessados, e se também favorece o comportamento sedentário.
Para ajudar a entender o que pode influenciar positiva ou negativamente o padrão de alimentação das pessoas, identificamos 5 fatores importantes. Olha só:
1 – Oferta
Para ter os alimentos in natura na mesa, é preciso antes ter acesso a eles. Por isso, morar em bairros ou territórios onde há mercados, feiras livres, feiras de produtores e outros locais, como “sacolões” ou “varejões” que comercializam frutas, verduras e legumes com boa qualidade torna mais factível a adoção de padrões saudáveis de alimentação. Além disso, nesses locais são comercializados também os ingredientes orgânicos e de base agroecológica. Opções que fazem bem para o planeta, o bolso e a saúde.
2 – Custo
A questão financeira é extremamente importante quando falamos em escolhas alimentares, e às vezes o valor final impede o acesso a esses produtos. Mas embora legumes, verduras e frutas possam ter preço superior ao de alguns alimentos ultraprocessados, o custo total de uma alimentação baseada em alimentos in natura ou minimamente processados ainda é menor no Brasil do que o custo de uma alimentação baseada em alimentos ultraprocessados, conforme orienta o Guia Alimentar.
Além disso, é importante lembrar que quando comprados diretamente de produtores locais e em períodos de safra, esses ingredientes podem sim sair mais baratos. Isso sem contar que os legumes, frutas e verduras são alimentos podem e devem ser consumidos com outros que têm menor preço. Estamos falando aqui de arroz, feijão, batata, mandioca, entre tantos outros que fazem parte das tradições culinárias brasileiras.
3 – Publicidade
Você sabia que a exposição intensa à publicidade de alimentos não saudáveis também pode impactar nas suas escolhas? Conforme lembra, o Guia Alimentar os brasileiros de todas as idades são diariamente expostos a diversas estratégias utilizadas pelas indústrias de alimentos na divulgação dos seus produtos.
Comerciais em televisão e rádio, anúncios em jornais e revistas, matérias na internet, amostras grátis de produtos, ofertas de brindes, descontos e promoções, colocação de produtos em locais estratégicos dentro dos supermercados e embalagens atraentes são alguns dos exemplos mais frequentes dos mecanismos adotados para a sedução e convencimento dos consumidores. Além de passar a ideia de serem boas opções e de qualidade superior, existe uma oferta massiva desses produtos. Até mesmo preços bastante atraentes para o bolso dos consumidores.
4 – Habilidades culinárias
Exercitar o hábito de cozinhar vai além do prazer pela atividade em si. Essa é uma prática que mantém viva as tradições culturais e familiares, afinal de contas muitas receitas são passadas de geração em geração e são típicas da culinária local. Só que não para por aí! Colocar a mão na massa também pode favorecer o consumo de alimentos in natura e minimamente processados.
Isso porque fazendo a própria comida você evita refeições prontas, como as congeladas, e tem o controle do todos os ingredientes que estão sendo consumidos ali. Por esse motivo, o Guia Alimentar coloca o ato de cozinhar entre os dez passos para uma alimentação adequada e saudável. E para deixar ainda melhor, cozinhar em casa também é muito mais econômico.
5 – Tempo e Espaço
A vida moderna é marcada por crescentes demandas e às vezes o tempo disponível para as refeições acaba sendo sacrificado. Além disso, a correria do dia a dia também encontra outro parceiro: a falta de um lugar adequado para comer. Os dois juntos surgem como obstáculos para uma alimentação saudável e adequada. O resultado pode ser escolhas pouco saudáveis, como os fast foods.
Mas a falta de tempo e de espaço não precisa ser um problema. Basta bastante organização prévia, das compras até a preparação dos pratos, e algumas mudanças na hora das refeições, incluindo sentar-se à mesa e comer com atenção.
Sobre o Guia Alimentar do Ministério da Saúde
O Guia Alimentar para a População Brasileira é um instrumento para apoiar e incentivar práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo. Foi feito para todos os brasileiros! Ele reúne um conjunto de informações e recomendações sobre alimentação que contribuem para a promoção da saúde de pessoas, famílias e comunidades e da sociedade como um todo, hoje e no futuro. Acesse agora para consultar todas as orientações e garantir mais saúde e qualidade de vida.