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Eu quero me alimentar melhor
Meu filho não quer comer. O que devo fazer?
Meu filho não quer comer. O que devo fazer? “Esta é uma queixa frequente de mães de crianças entre 1 e 2 anos, e o primeiro passo para resolver o problema é observar se a criança realmente está comendo pouco”, orienta a professora do Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Elisa Maria de Aquino Lacerda. Aos pais e cuidadores preocupados com a criança que não quer comer, a especialista indica uma maneira prática de certificar se ela realmente está comendo pouco: observar a curva de crescimento, presente na Caderneta de Saúde da Criança .
“Se a curva de crescimento estiver adequada, ou seja, se a criança está ganhando peso e crescendo adequadamente, é sinal de que a quantidade de alimentos ingeridos está apropriada”, explica a nutricionista. “Mas se a criança não está comendo bem e a curva de crescimento demonstrar que ela está ganhando pouco peso, é preciso que um profissional da saúde tente descobrir o que está acontecendo.”
Elisa destaca que somente após avaliação do profissional da saúde que acompanha a criança será possível verificar se doenças comuns da infância podem estar resultando na redução do apetite e no baixo ganho ou perda de peso apresentada. “Há recomendações específicas para a criança que está doente e não quer comer, que devem ser orientadas somente por um profissional. Nesses casos que a criança está doente e come pouco é comum que, ao ficar curada, ela passe por um período de apetite aumentado que compensa a perda de peso anterior”, observa a nutricionista.
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O que fazer se a criança recusa somente determinados alimentos?
Quando a criança rejeita um alimento mas aceita outros do mesmo grupo, não é um grande problema. Deve-se evitar obrigá-la a comer o alimento recusado, pois isso pode gerar aversão.
“Não se deve forçar a criança a comer os alimentos recusados. Entretanto, quando esse alimento for preparado para a família, deve ser sempre oferecido para a criança, pois a repetição da oferta aumenta a chance de ela aceitar o alimento”, destaca a nutricionista.
O que fazer se criança recusa repetidamente o almoço e o jantar?
Neste caso, substituir a refeição por um lanche para que a criança não fique sem comer não é uma boa saída, já que o pequeno aprende que, quando rejeitar a comida, vai receber outro alimento em troca.
Também devem ser observados aspectos relacionados ao comportamento ou à relação com a família, já que a criança pode usar a alimentação para expressar sentimentos.
Segundo a especialista, para ajudar a resolver o problema, é bom que a família reflita como tem sido sua atitude durante a refeição. “É um horário em que há tensão familiar? A pessoa que oferece a comida está demonstrando irritação com essa tarefa? A criança pode estar usando a recusa alimentar como uma forma de chamar a atenção?”, questiona.
11 sugestões práticas para lidar com a criança que não quer comer
As professoras Elisa Maria de Aquino Lacerda (UFRJ) e Jorginete de Jesus Damião, do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) elaboraram juntas o texto “A criança que não quer comer”, adaptado para o Guia alimentar para crianças menores de 2 anos . Veja como elas orientam os pais e cuidadores:
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Fazer do horário da refeição um momento tranquilo e de prazer.
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Variar os alimentos e procurar oferecer preparações saborosas.
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Colocar diversos alimentos no prato para proporcionar mais opções.
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Montar um prato com apresentação atraente para que a criança se sinta motivada a comer.
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Oferecer a comida da criança no mesmo horário da refeição da família.
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Na hora de ofertar a comida, conversar com a criança e manter tranquilidade, não deixando transparecer preocupação.
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Não obrigar a criança a comer e não insistir para que ela raspe o prato. Parar de alimentá-la quando perceber que ela está satisfeita.
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Não oferecer recompensas, como doce, brinquedo, televisão, para fazer com que a criança coma mais.
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Se houver rejeição frequente de determinados alimentos, não deixar de oferecê-los: apresente-os de forma diferente.
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Se a criança recusar a refeição, não a substituir por lanches/merendas ou algum alimento preferido pela criança. O ideal é esperar um tempo e, se perceber que a criança está com fome, preparar um novo prato com a comida que foi oferecida na refeição recusada; ou então esperar o próximo horário de refeição.
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Não oferecer outros alimentos, nem o leite materno, em horário muito próximo das refeições.