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Eu quero me alimentar melhor
Comida de rua pode trazer problemas para seu carnaval
Carnaval de rua é sempre aquela história: muita festa e pouco tempo para cuidar do corpo no que diz respeito à boa alimentação e repouso. E para matar a fome, normalmente o folião se vale do que está mais acessível, o ambulante.
A comida de rua engloba todo tipo de alimento que se busca fora de casa e que é vendido em locais públicos para o consumo imediato. Salgados, churrasco, lanches, prato feito, bebidas, doces, entre outros. Normalmente são oferecidas por ambulantes ou barraquinhas improvisadas. E aí é que está o problema, pois eles geralmente não estão seguem os padrões da ANVISA (agência nacional de vigilância sanitária), que determina as regras e práticas de manipulação e fabricação de alimentos.
Quando um produto alimentar não está dentro da validade e condições saudáveis de consumo, pode causar sérios danos a saúde de quem os consumir. “A questão da alimentação durante o carnaval é complicada é bom ficar atento. O maior risco nesses dias é a intoxicação alimentar”, alerta Fabiana Nalon, mestre em Nutrição Humana pela Universidade de Brasília (UnB). “Tem de ter muito cuidado com comida de rua, principalmente as que têm ingredientes que demandam refrigeração, como carnes e frios. Aquela caixinha de isopor do ambulante não conserva os alimentos na temperatura adequada. Comer algo estragado acaba com qualquer folia. A comida quente, por exemplo, tem de ser preparada na hora. O churrasquinho tem de ser preparado pouco antes de ser consumido. Se estiver morno, pode trazer complicações porque já ficou exposto ali por algum tempo. As bactérias que causam doenças adoram essa temperatura morna.”
O aconselhável para uma boa alimentação é o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, algo difícil de encontrar na rua na hora da folia. “Você vai esbarrar com um sanduíche com frios que podem ter sido mal armazenados ou um croquete que você não sabe como foi feito ou que está ali exposto há não sei quanto tempo. Alimentos que podem, sim, causar uma intoxicação e te fazer perder a folia”, aponta a nutricionista. A saída seria procurar locais seguros, ou seja, que armazenem e manuseiem corretamente os alimentos. Também vale fazer as refeições em casa e levar lanches leves para a rua, como frutas, por exemplo.
Para o caso dos líquidos, vale a mesma regra. “Ao beber qualquer coisa também é preciso atenção. Você se depara com um suco natural de fruta, mas não sabe a procedência da água, ou tem ali aquele espremedor de laranja que está exposto ao ar livre por muito tempo. Se não houver opção, você pode apostar na água de coco, que é ótima para repor água e sais minerais que saem do seu corpo com o suor. E a água é essencial. Não dá para esquecer a hidratação durante a folia. É preciso se hidratar o tempo todo”, lembra Fabiana Nalon, que ainda ressalta: “No que diz respeito à bebida alcoólica, é aquela história, não tem fórmula mágica. O ideal mesmo é não consumir ou consumir com moderação. Faça isso e o carnaval vai ser melhor aproveitado.”
Foto: Karina Zambrana