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Eu quero me alimentar melhor
Alimentação da mãe é importante desde a gestação
Assim que começar a pensar em ter um filho, a futura mamãe já deve se preocupar com o que está comendo e optar por uma alimentação saudável. “Na gestação, a criança já entra em contato com a alimentação da mãe e, por isso, é preciso que ela tenha hábitos mais saudáveis”, explica a coordenadora dos Bancos de Leite do Distrito Federal, a pediatra Miriam Santos.
Essa memória alimentar adquirida na barriga da mãe é levada pela criança por toda a vida. Por essa razão, a alimentação materna é tão importante. A depender do que a mãe come e da relação dela com os alimentos, a criança poderá ter ou não hábitos alimentares saudáveis, tendência à obesidade ou até mesmo adquirir algum tipo de doença crônica.
Com alimentação correta, os riscos de problemas cardíacos e diabetes são menores. As células aprendem a viver de uma forma saudável. A criança que não tem contato com açúcar até os dois anos de idade, por exemplo, não terá esse hábito na vida adulta”, afirma a pediatra.
Por isso, nos dois primeiros anos de vida, não se deve adoçar frutas e bebidas com nenhum tipo de açúcar: branco, mascavo, cristal, demerara, açúcar de coco e nem melado, mel ou rapadura. Também não devem ser oferecidas preparações que tenham açúcar como ingrediente, como bolos, doces, geleias e biscoitos.
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Alimentação da mãe
Muitos pensam que, durante a amamentação, a alimentação materna deve ser extremamente restritiva. Chocolate, café e brócolis já foram vilões e não eram nada recomendáveis. Com a evolução da ciência, muitos mitos vieram abaixo. Agora, o que vale é o bom senso. Pode-se comer, sim, esses e outros alimentos. Mas com moderação.
O leite materno pode variar de sabor de acordo com a alimentação da mãe. Por meio do leite materno, o bebê entra em contato desde cedo com sabores dos alimentos ingeridos por sua mãe, o que influencia positivamente nas reações da criança quando ela começar a recebê-los de fato, a partir dos seis meses.
Por isso, o ideal é que a mulher siga as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira :
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Fazer dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
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Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades;
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Limitar o uso de alimentos processados;
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Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
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Comer com regularidade, devagar, em ambientes apropriados e, sempre que possível, estar acompanhada de familiares, amigos ou colegas de trabalho.
Uma coisa que poucos sabem é que todo leite materno é adequado para alimentar o bebê. O corpo é capaz de gerar um alimento com todos os nutrientes necessários para a criança.
Hidratação
Durante a amamentação, a mulher não pode descuidar da sua saúde, por mais ocupada e envolvida que esteja com os cuidados do bebê. Isso vale para a saúde física e mental. Há aspectos particulares da saúde da mulher, como a alimentação e a hidratação, que merecem atenção redobrada. Durante a amamentação, a mulher costuma sentir mais sede e fome. A mãe que se alimenta bem terá um filho com uma boa memória alimentar. Se desde cedo a criança aprender o valor dos alimentos e se acostumar a conviver com produtos saudáveis, a chance dela comer com qualidade aumenta.
Dever de todos
Criar uma criança, alimentá-la e educá-la não são trabalhos de uma única pessoa, mas tarefa de todos que estão ligados, direta ou indiretamente, à criança: mães, pais, parceiros, avós, irmãos, professores, cuidadores e qualquer outra pessoa que conviva com ela. A proteção da infância é responsabilidade de toda sociedade.
O ato de amamentar deve ser apoiado e protegido por todos. A criança deve ser protegida da publicidade, tanto de fórmulas infantis industrializadas e demais produtos lácteos que desestimulam o aleitamento materno, quanto daquelas que estimulam o consumo de alimentos ricos em açúcar, sódio e gordura. Este deve ser um compromisso compartilhado entre Estado e sociedade, incluindo empresas, organizações, família e educadores.