Notícias
ARBOVIROSES
Saúde reforça parcerias e estratégias de controle às arboviroses em visita ao Amazonas

Foto: divulgação/MS
Em visita realizada nesta terça-feira (14), a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis (DEDT) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Alda Maria da Cruz, teve a oportunidade de conhecer de perto a estrutura da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). Durante o encontro, foram abordados o panorama das arboviroses no estado e outras doenças prevalentes, como malária, doença de Chagas e hanseníase.
O objetivo da visita foi fortalecer as estratégias de enfrentamento às arboviroses e aprimorar a cooperação entre os municípios e o Ministério da Saúde. Além disso, foram discutidas ações de apoio aos municípios com aumento no número de casos de dengue e a ampliação da cooperação para o melhor entendimento da biologia dos culicídeos.
Alda Maria da Cruz enfatizou a importância da colaboração entre os entes federativos no combate às arboviroses. "É fundamental que estados e municípios trabalhem de forma integrada para proteger a população e reduzir a incidência das doenças transmitidas por mosquitos", afirmou. Ela também ressaltou medidas específicas para o controle de arboviroses, com destaque para a dengue. "A dengue continua sendo uma preocupação crescente, especialmente em estados como São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo. A vigilância constante é essencial para controlar a proliferação do mosquito e evitar que a doença se espalhe", declarou Alda.
Outro ponto importante do encontro foi a crescente preocupação com o Oropouche, uma doença endêmica da Amazônia, mas que tem se espalhado para outras regiões. "O aumento de casos fora da região amazônica, como no Espírito Santo, exige uma resposta rápida e eficaz. O ministério tem apoiado os estados na criação de centros de referência para o enfrentamento do Oropouche. A situação no Espírito Santo, com 80% dos casos registrados, ressalta a necessidade de intensificarmos a vigilância e o manejo clínico da doença", explicou Alda Maria da Cruz.
A diretora também destacou a relevância das ações preventivas. "Os Dias D contra as arboviroses têm sido fundamentais para mobilizar a população, mas é importante que o trabalho seja contínuo. A luta contra a proliferação do mosquito precisa ser adaptada à realidade local e feita em colaboração com os municípios", afirmou.
Alda Maria da Cruz ainda ressaltou a importância da integração entre os diferentes níveis de governo. "A eficácia das medidas de controle depende da colaboração entre os governos federal, estadual e municipal, além da mobilização da sociedade. Só com o esforço conjunto será possível garantir que todas as áreas vulneráveis recebam a atenção necessária e evitar uma escalada dos casos", concluiu a diretora.
Já Tatyana Ramos, diretora da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, destacou o trabalho que vem sendo realizado no estado. "Este ano, não há registros de casos de Oropouche no Amazonas, mas estamos observando um aumento significativo nos casos de dengue, que se tornou a principal preocupação para a vigilância no estado", frisou.
O monitoramento contínuo também foi um dos principais tópicos discutidos durante a visita. "A vigilância constante e a cooperação técnica são essenciais para o sucesso das nossas ações e para salvar vidas. O encontro reflete nossa gestão em colaborar com os estados na luta contra as arboviroses e outras doenças prevalentes, garantindo a saúde e o bem-estar da população amazonense", concluiu a diretora do DEDT.
Vacinação
O Ministério da Saúde tem intensificado os esforços para garantir a vacinação da população brasileira, com campanhas estratégicas para alcançar as metas de cobertura vacinal em todas as regiões. A campanha de vacinação de 2024 na região Norte do Brasil tem apresentado avanços, mas ainda enfrenta desafios para alcançar a meta de 90% de cobertura nos grupos prioritários.
Até o momento, foram aplicadas 2.881.622 doses, resultando em uma cobertura de 39,31%. Embora o número de vacinas aplicadas tenha aumentado em relação ao ano passado, a pasta continua mobilizando esforços para vacinar o maior número possível de pessoas, com o encerramento da campanha previsto para 31 de janeiro. Em 2023, foram aplicadas 2.450.060 doses, com uma cobertura de 26,09% nos grupos prioritários e 30,03% entre os povos indígenas.
João Moraes
Ministério da Saúde