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SAÚDE INDÍGENA
Foto: Franklin Paz/MS
A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde acaba de ter seu quarto projeto aprovado no Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, o Proadi-SUS. A aprovação pelo Comitê Gestor Deliberativo, formado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Secretaria Executiva e Departamento de Cooperação Técnica e Desenvolvimento em Saúde (Decoop), aconteceu nesta terça (25), em sessão no Auditório Emílio Ribas, do Ministério da Saúde, em Brasília.
Intitulado Promoção de melhorias assistenciais no cuidado integrado e na articulação da rede em relação às linhas de atenção ao câncer do colo do útero e atenção à saúde materna e infantil na saúde indígena, o projeto é direcionado à construção, a partir de metodologias participativas, de um conjunto de melhorias voltadas aos serviços organizados na atenção primária, envolvendo os demais níveis de atenção da rede, média e alta complexidade.
“Na prática, esse projeto se propõe apoiar e qualificar o acesso das mulheres indígenas aos exames de rastreamento do câncer de colo do útero, ao diagnóstico e tratamento das lesões precursoras. E vamos também promover ações voltadas para a saúde materna (ciclo gravídico-puerperal), atenção ao recém-nascido (até o 28º dia de vida) e crianças (até o 12º mês de vida), considerando os principais agravos prevalentes na infância, bem como o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor, vigilância alimentar e nutricional e o seguimento das vacinas preconizadas para a faixa etária conforme calendário nacional de vacinação definido pelo Ministério da Saúde”, afirma a diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena (DAPSI), Putira Sacuena.
O secretário da Sesai, Weibe Tapeba, explicou que esta parceria contemplará a população dos DSEI Xavante e Vale do Javari, e a escolha se deu após análise dos dados de saúde nos territórios. “Na saúde indígena, o tipo de câncer que mais acomete as mulheres é o de colo do útero, e nós identificamos no DSEI Xavante a urgente necessidade de diagnosticar e tratar essas mulheres. Já no DSEI Vale do Javari o foco maior desse projeto se dará para ações de saúde às crianças. Nos dois territórios há outras necessidades, tanto das mulheres quanto das gestantes e puérperas e seus filhos até 1 ano de idade, que serão atendidas, otimizando significativamente as estratégias de saúde em curso”, frisa Weibe. E completa: “Esse é o projeto com maior incremento de orçamento através do Proadi-SUS, no total de 34,5 milhões, representa sim mais um marco para a Saúde Indígena, que vem sendo beneficiada pelo Ministério da Saúde em ações de extrema importância”.
A coordenadora da Coordenação-Geral de Projetos de Saúde Indígena (CGPROJ), Fernanda Conde, ressalta que a Secretaria foi contemplada no Proadi-SUS, pela primeira vez, nesta gestão, atingindo agora 4 projetos. Os outros três projetos já em fase de execução são:
A execução do projeto aprovado esta semana deve ter início através de um diagnóstico situacional realizado com os indígenas nos territórios contemplados, a partir de março.
Sílvia Alves
Ministério da Saúde