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SECA EXTREMA
Força Nacional do SUS visita indígenas em Rondônia
Foto: João Vitor Moura/MS
A 280 quilômetros da capital rondoniense está localizada a cidade de Nova Mamoré (RO), onde 6 das 13 aldeias indígenas estão desabastecidas de água potável: Limão, com 159 indígenas; Limão 02 (61); Castanhal (59), Ribeirão (338), Manain Tocwe (28) e Hilem (69). Nesta terça-feira (24), a equipe do Ministério da Saúde, juntamente com as secretarias de Saúde municipal e estadual, esteve na aldeia Limão a fim de entender a necessidade dos indígenas. A principal causa da falta de água é a seca extrema que acomete o estado.
De acordo com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), 714 indígenas não possuem água para beber, tomar banho e cozinhar. Além da estiagem, os povos indígenas também vêm sofrendo com a fumaça das queimadas. "Água mesmo, está faltando muito, o poço secou. E estamos sofrendo com as fumaças que estão vindo de outras localidades", lamentou o cacique Alberto Oro Waram.
A coordenadora da FN-SUS na missão, a enfermeira Juliana Lima, destacou a importância da visita da equipe no local. "Novamente, repito que não estamos aqui para fiscalizar e nem para apontar erros. A gente só quer entender um pouco como o município está enfrentando esse cenário e quais estratégias já estão sendo pensadas para que nós, do governo federal, possamos apoiar os municípios e o estado, principalmente em relação às comunidades indígenas, que estão mais afetadas", afirmou.
As queimadas, a seca e escassez de água vêm sendo monitoradas, desde julho, pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, por meio da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde, que elabora ações para enfrentar, com rapidez e eficiência, os desafios impostos por eventos climáticos extremos.
Em Rondônia, as únicas aldeias que estão isoladas estão localizadas no município de Guajará-Mirim, que faz fronteira com a Bolívia. Nesta quarta-feira (25), a equipe do Ministério da Saúde vai visitar Guajará-Mirim para fazer o diagnóstico situacional, já que o município também sofre com as mudanças climáticas e as queimadas.
Acesse a página da campanha "Se tem fumaça, tem que ter cuidado"
João Vitor Moura
Ministério da Saúde