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VIGILÂNCIA
Saúde promove webinário sobre vigilância do óbito por causa natural inespecífica no Brasil
Nesta quinta-feira (24), às 15h, o Ministério da Saúde realizará o Webinário Vigilância do Óbito de Causa Natural Inespecífica no Brasil. O evento marca a divulgação do manual publicado em julho sobre o tema, e será transmitido ao vivo pelo canal do YouTube da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA).
O webinário é voltado para profissionais da vigilância de óbitos dos estados, municípios e Distrito Federal, equipes de vigilância epidemiológica hospitalar, serviços de verificação de óbito, além de gestores e técnicos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). O evento é organizado pelo Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (Daent), e a expectativa da equipe é que a aplicação do manual melhore a precisão das estatísticas de mortalidade no país, contribuindo para um sistema de saúde mais eficiente e informativo.
Manual de vigilância
A publicação apresenta orientações e estratégias para que as vigilâncias estaduais e municipais possam realizar o monitoramento, a qualificação dos registros de mortalidade e a investigação dos óbitos, contribuindo para a redução do número de causas naturais inespecíficas nos sistemas de informação de saúde pública.
A aplicação dessas recomendações pode melhorar em até 81% o desempenho do SIM, promovendo maior precisão e confiabilidade nas estatísticas de mortalidade.
Esse diagnóstico dos perfis de mortalidade da população brasileira viabilizado pelo SIM, registra todos os óbitos, incluindo fetais, com informações detalhadas sobre as causas e características das mortes. Esses dados são fundamentais para embasar a tomada de decisão por parte dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), possibilitando intervenções específicas para cada território.
Avanço
Nos últimos 20 anos, a vigilância de óbitos no Brasil apresentou avanços significativos, com aumento da cobertura do SIM e redução das causas mal definidas e das desigualdades regionais na qualidade dos dados de mortalidade. Contudo, o sistema ainda é prejudicado por um elevado número de causas inespecíficas de morte, conhecidas como garbage codes — causas pouco precisas para uso em saúde pública, como insuficiências cardíaca e respiratória, septicemia, hipertensão e neoplasias não especificadas. Em 2019, 33,7% das mortes no Brasil foram classificadas como causas naturais inespecíficas, impactando a interpretação dos padrões de mortalidade e limitando a adoção de políticas eficazes para o sistema de saúde.
Confira a programação do Webinário
Marcella Mota
Ministério da Saúde