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ARBOVIROSES
Ministério da Saúde realiza mobilização no Sol Nascente (DF) para controle da dengue
Foto: Igor Evangelista/MS
Nesta quinta-feira (17), o Ministério da Saúde realizou uma mobilização comunitária no Sol Nascente, Região Administrativa do Distrito Federal, a 30 km do centro de Brasília, como parte do plano do Governo Federal para controle da dengue e outras arboviroses. A iniciativa contou com a participação ativa de mulheres da comunidade, reforçando seu papel essencial na linha de frente da saúde pública. A ação teve apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
As mulheres da região, integrantes do projeto Economia Solidária do Sol Nascente (EcoSol), desempenham um papel fundamental nas campanhas de prevenção, focadas na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e na conscientização sobre os sintomas das doenças, como dengue, chikungunya, zika e oropouche. Atividades como visitas domiciliares e aplicação de larvicidas em áreas críticas, lideradas por essas mulheres, têm como objetivo engajar a comunidade no controle dos vetores.
A parceria entre o Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal e a Fiocruz Brasília inclui a implementação de tecnologias como as Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDL), um projeto da Fiocruz Amazônia, que busca reduzir significativamente a proliferação do mosquito transmissor.
A bióloga e educadora popular da Fiocruz, Kátia Chagas, destacou as ações de controle da dengue no Sol Nascente. Já envolvida com os jovens da comunidade, ela continua apoiando encontros no território. “Estamos discutindo com a comunidade outras medidas de prevenção, que podem ser realizadas de forma coletiva, como em parceria com a rede sociotécnica do Sol Nascente. Também estamos trazendo especialistas para falar sobre os sintomas leves e graves da dengue e orientando sobre os serviços de saúde que as pessoas podem procurar na região”, explicou Kátia.
No Sol Nascente, cerca de 600 EDL já foram instaladas em dois dos trechos da região. A previsão é que três mil armadilhas sejam distribuídas em todo o território. Essas ações, somadas aos esforços do governo para intensificar as medidas de controle, são fundamentais para conter os surtos dessas doenças, que afetam especialmente as populações em situação de maior vulnerabilidade, como gestantes, devido ao risco de microcefalia associada ao vírus zika.
“O melhor cuidado é a prevenção, porque o mosquito é altamente adaptável aos ambientes. Por isso, é importante dedicar 10 minutos por semana para limpar a casa e eliminar possíveis criadouros”, explicou Ernesto Augustus, agente de vigilância ambiental em saúde do DF.
Fabiana Lima, moradora do trecho três do Sol Nascente, ressaltou a importância da reunião na comunidade. “É importante para tirar dúvidas. Estamos um pouco desinformados e precisamos nos expressar, falar sobre o que está acontecendo. Algumas pessoas fazem a sua parte, mas outras deixam suas casas abandonadas, prejudicando quem mora na região”, constatou.
Além das orientações dos profissionais da Fiocruz e da Secretaria de Saúde do DF, os participantes tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre sintomas e cuidados com a dengue, com a enfermeira Luciana Tavares Barbosa, do Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD).
Edjalma Borges
Ministério da Saúde