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RETINOBLASTOMA
Hospital dos Servidores, no Rio, faz mutirão para examinar crianças com câncer ocular
Foto: divulgação/HFSE
O Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSFE), localizado no centro do Rio de Janeiro, promoveu um mutirão para examinar crianças em tratamento contra o retinoblastoma, um tipo raro de câncer ocular. A ação foi realizada em 15 de outubro, numa parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) e motivada pela campanha “De Olho nos Olhinhos”, criada pelo casal Tiago Leifert, jornalista e apresentador, e Daiana Garbin, para a conscientização e diagnóstico precoce da doença. Ao todo, foram avaliadas 25 crianças em tratamento contra a doença no Instituto.
“Essa ação é fundamental e beneficia os pacientes enormemente. O Inca tem a expertise no tratamento de tumores intraoculares, enquanto o Hospital dos Servidores possui um centro de oftalmologia especializado em todas as outras doenças oftalmológicas pediátricas, como catarata, glaucoma e doenças benignas de retina. Com isso, podemos oferecer esse cuidado complementar, melhorando a qualidade de vida desses pacientes”, ressalta o oftalmologista Ian Curi, que coordena o ambulatório de oftalmologia pediátrica e estrabismo do HFSE.
A iniciativa também teve como objetivo alertar para o diagnóstico e tratamento precoce do retinoblastoma, o que eleva o índice de cura para 90%, inclusive com a preservação da visão.
A médica oftalmologista do Inca, Clarissa Matosinho, explica que alguns sintomas podem ser observados pelos pais.
“No caso do retinoblastoma, que acomete crianças muito pequenas, em torno do nascimento até os 3 ou 4 anos de idade, os principais sintomas que os pais devem observar são a leucocoria, que é o reflexo branco na pupila, e é importante que os pais fiquem atentos, pois essa manchinha pode aparecer em uma ou nas duas pupilas. Outro fator importante é o estrabismo: quando o olho está torto, isso também pode indicar a doença ”, informa.
A oncologista pediátrica do INCA, Nathalia Grigorovski, esclarece que o tratamento do retinoblastoma é multidisciplinar, exigindo um centro que tenha todas as modalidades necessárias para atender essas crianças. Ela ressalta que, além do tratamento, o acompanhamento se estende por toda a infância até a adolescência.
Importância do teste
Ana Carolina Vicente, de 29 anos, começou o tratamento do tumor aos 3 meses de idade e conta que ainda faz acompanhamento. Ela é mãe de Levi de Carvalho, de um ano e cinco meses, que também está em tratamento e foi avaliado durante a ação. “Ao nascer, fizemos o teste do olhinho e tudo parecia normal, mas aos 3 meses notamos um brilho no olho dele. Procuramos um médico e ele foi diagnosticado. É muito importante que fiquemos atentas a esses sintomas. Atualmente, ele faz tratamento, mas não está classificado como um tumor grave; está passando por quimioterapia branca e algumas sessões de crioterapia”, relata.
Ministério da Saúde