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CONTRA O MOSQUITO
Estados recebem orientações para período de baixa temporada da dengue
O Ministério da Saúde convocou quatro estados brasileiros e seus respectivos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) para uma reunião virtual nesta quarta-feira (23), para orientá-los quanto as ações que devem ser realizadas no período de baixa transmissão da dengue, com objetivo de diminuir os impactos da arboviroses após o período de chuvas.
A equipe técnica da Coordenação Geral de Arboviroses (CGARB) realizou uma análise dos dados de julho a setembro, para identificar a situação epidemiológica atual de São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul e apoiar os estados nas ações de controle das arboviroses. De acordo com o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Cunha, “ o período de baixa ocorrência de dengue é ideal para unir esforços com estados e municípios e implementar ações que vão impactar positivamente no próximo período sazonal de arboviroses”.
Cerca de 80 pessoas participaram da reunião, incluindo representantes da gestão estadual nas áreas de vigilância epidemiológica e de assistência à saúde. Os entes foram estimulados a realizarem mais testagem laboratorial de dengue, reforçar as ações de controle vetorial e a fazer uma força tarefa para encerramento dos óbitos em investigação. "O diagnóstico da dengue pode ser feito por critério clínico e epidemiológico, mas é essencial que os casos sejam testados laboratorialmente, para identificação dos sorotipos de dengue em circulação e também para diagnóstico diferencial de outras arboviroses. Esse monitoramento laboratorial nos ajuda a planejar as ações a longo prazo”, ressaltou a coordenadora-geral da CGARB, Lívia Vinhal.
A pasta disponibilizou sua equipe técnica para ir aos territórios, apoiar os estados em suas ações.
Plano de Ação
Em setembro, o Presidente Lula lançou o Plano de Ação para redução da dengue e outras arboviroses no Brasil. O documento foi construído de forma tripartite e com a participação de pesquisadores e de profissionais de saúde que atuam na ponta, em contato direto com as comunidades e que conhecem de perto os desafios em cada região do país, com atenção às regiões de maior vulnerabilidade social.
O objetivo do plano é agir preventivamente, envolvendo sociedade civil e poder público, para reduzir potencialmente os focos de proliferação dos vetores e para ampliar o acesso dos casos suspeitos à assistência médica em tempo hábil, minimizando o risco de evolução para formas graves da doença.
Swelen Botaro
Ministério da Saúde