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REBRATS
Especialistas discutem práticas inovadoras e humanização nos cuidados em saúde
Foto: Fernanda Targino
Durante o V Congresso da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats), nesta quarta-feira (30), a mesa-redonda Café com Inovação: Qualidade de Vida Centrada no Paciente promoveu uma discussão sobre como colocar o paciente no centro do cuidado em saúde. A mesa foi formada pelo coordenador-geral de Evidências em Saúde, do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Fábio Henrique Cavalcanti – representando o Ministério da Saúde (Decit); e por Andréa Libório Monteiro, do Instituto Nacional de Câncer (Inca) e do Health Economics and Outcomes Research (HEOR) no Clinigen Group. A moderação ficou por conta de Silvana Nair Leite, representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Durante a atividade, os palestrantes enfatizaram a necessidade de incorporar estratégias inovadoras que priorizem a experiência do paciente, além de ações que tornem o cuidado mais humanizado, adaptado às necessidades de cada pessoa. Exemplos práticos de abordagens centradas nos usuários também foram apresentados, incluindo tecnologias que favorecem o acompanhamento contínuo e personalizado, respeitando a individualidade e as características de cada paciente.
Fábio Cavalcanti destacou que, para um sistema de saúde inclusivo e eficaz, é fundamental investir na disseminação do conhecimento científico e na tradução das melhores evidências para a prática clínica. “É preciso investir na difusão do conhecimento por meio das melhores evidências científicas disponíveis, para que o paciente se torne ativo sobre sua participação nas pesquisas”, afirmou.
Prioridades para os usuários do SUS
A conversa entre os especialistas também trouxe à tona algumas reflexões sobre as necessidades e expectativas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das ponderações tratou de como as pesquisas podem ser ampliadas, de forma que as contribuições dos pacientes agreguem valor na tomada de decisão diante dos processos de incorporação de novas tecnologias ou serviços, bem como na adoção de novos medicamentos.
A palestrante Andréa Libório Monteiro reforçou que as contribuições dos pacientes durante os processos de pesquisa são importantes para definir o que é valor, sem julgar preço, e quais as melhores ferramentas para lidar com a complexidade de cada caso: “O engajamento, o contato com o usuário, é fundamental no planejamento das pesquisas. São as experiências que podem apontar o que é realmente necessário para determinado grupo”.
Silvana Nair Leite encerrou a conversa apontando alguns desafios, por exemplo, desde o momento de se traduzir o conhecimento até a adoção de certa tecnologia. Também ressaltou que a inovação precisa ser constante, e as pesquisas aprimoradas com a criação de novos métodos para gerar evidências de peso. “O desafiador é pensar em como podemos dar peso às evidências e como colocá-las na mesa durante o processo decisório, de forma adequada, transparente e eficaz, para contemplar o usuário do Sistema de Saúde”, concluiu.
O encontro representou uma oportunidade para profissionais de diversas áreas refletirem sobre um sistema de saúde mais inclusivo e atento às demandas dos usuários, visando à promoção de uma visão de cuidado integrada e orientada para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Saiba mais sobre o evento na página do Congresso da Rebrats
Janine Russczyk
Ministério da Saúde