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SECA EXTREMA
Em missão no Amapá, técnicos da Saúde coletam informações sobre os danos da seca em Tartarugalzinho
Foto: Leidiane Souza/MS
Nesta terça-feira (22), a equipe da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas em Saúde chegou ao município de Tartarugalzinho (AP), a 230 quilômetros da capital Macapá, para avaliar os impactos da seca extrema e estiagem que afetam a região. Desde o início da semana, técnicos do Ministério da Saúde estão no Amapá coletando informações para a elaboração de um diagnóstico situacional sobre os danos causados pela mudança climática.
Segundo informações da presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Amapá (Cosems/AP), Lilian Abreu, a baixa nos rios Araguari, Tartarugalzinho e Tartarugalzinho Grande impacta a população local, como nas comunidades de Duas Bocas e Água Viva. "Recebemos relatos de que alunos de comunidades ribeirinhas não estão conseguindo ir à escola devido à impossibilidade de transporte. Os casos de doenças diarreicas, intoxicações e desidratação também têm aumentado", relatou.
A equipe do Ministério da Saúde também se reuniu com a gestão local. Participaram representantes da Secretaria de Estado da Saúde do estado e da Secretaria Municipal de Saúde de Tartarugalzinho, além da Defesa Civil municipal.
De acordo com a técnica do programa de Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres) e líder da missão, Rafaela Ferreira, o objetivo da visita é realizar as articulações necessárias para que o município forneça dados a serem incorporados no relatório de campo, facilitando a identificação de possíveis fragilidades em meio à emergência climática.
As visitas técnicas também estão ocorrendo em Macapá e na aldeia Urunai, localizada no Parque Tumucumaque, área de abrangência do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Amapá e Norte do Pará.
Missão de Emergências Climáticas
O Amapá é o sexto estado da região Norte a receber as equipes do Ministério da Saúde, que já realizaram ações semelhantes no Amazonas, Acre, Rondônia, Tocantins e Pará. Dos 16 municípios do estado, 9 relataram problemas decorrentes da crise hídrica, como a salinização dos rios, mortandade de peixes e escassez de água.
As equipes em campo são compostas por técnicos das secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Atenção Primária à Saúde (SAPS), Atenção Especializada à Saúde (Saes) e Saúde Indígena (Sesai), além de representantes do governo estadual.
Leidiane Souza
Ministério da Saúde