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COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Brasil e França promovem workshop científico para fortalecer resposta global aos arbovírus
Foto: divulgação
Nos dias 30 e 31 de outubro, o Ministério da Saúde – por meio do Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) – e a ANRS Maladies infectieuses émergentes (ANRS MIE), com o apoio da Embaixada da França no Brasil e em parceria com a rede ArboFrance, promovem o Workshop Científico Brasil-França sobre Arbovírus. O encontro tem como tema “Enhancing Global Arboviruses Preparedness and Response Through Research Collaboration” [Melhorando a preparação e a resposta global aos arbovírus por meio da colaboração em pesquisas].
O workshop reúne 60 pesquisadores brasileiros e franceses especializados em arboviroses, com o objetivo de discutir os desafios globais impostos por essas doenças e explorar como a colaboração científica pode aprimorar o preparo e a resposta a epidemias emergentes. As atividades ocorrem no Auditório do Centro Nacional de Primatas, no município de Ananindeua, no Pará.
A chefe da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do IEC, Lívia Casseb, destacou a importância do evento para o avanço científico e a cooperação internacional: “O workshop é uma vitrine para apresentar os resultados de nossas pesquisas mais recentes, além de servir como um fórum para discutir novas descobertas e desafios na área da arbovirologia, e a interação com outros pesquisadores e instituições pode gerar novas oportunidades de colaboração, tanto na esfera nacional quanto internacional, abrindo caminho para projetos futuros e para o desenvolvimento de redes de pesquisa mais robustas”.
Já o diretor do Departamento de Estratégias e Parcerias da ARNS MIE – responsável pela resposta às epidemias no âmbito internacional –, Éric D´Ortenzio, ressaltou a urgência da cooperação global diante do aumento de surtos. “Fatores como as mudanças climáticas e a urbanização estão contribuindo para o aumento e propagação dessas doenças, por isso é vital não apenas atuar frente às epidemias de hoje, mas também prevenir futuros surtos e estar melhor preparados para lidar com eles", declarou.
Programação e mesas temáticas
A abertura do evento contou com a presença da diretora do IEC, Lívia Caricio; do diretor Éric D´Ortenzio, e de Sophie Jacquel, conselheira-adjunta de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França no Brasil. Durante as falas iniciais, foi destacada a importância da cooperação em estudos e projetos conjuntos entre os dois países na área de arboviroses.
Mesas-Redondas (30 de outubro)
- Identificação de novas arboviroses ainda pouco estudadas na América do Sul: O estudo de caso de Bunyavirus e Flavivirus
- Surto de vírus Oropouche: visão geral, lacunas e perguntas não respondidas
- Genômica de arboviroses e seus vetores: o momento ideal para uma revolução franco-brasileira
- Arbovírus: da pesquisa à implementação
Mesas-Redondas (31 de outubro)
- Metodologias de diagnóstico de arboviroses: forças, fraquezas e áreas de melhoria
- Perspectivas, prioridades e desafios: pesquisas em colaboração entre Brasil e França para necessidades ainda não atendidas
À tarde, os participantes serão divididos em quatro grupos de trabalho com o objetivo de estimular a elaboração de planos e propostas em comum para o desenvolvimento de projetos de pesquisa em parceria na temática de arboviroses entre as instituições brasileiras e francesas.
Visita técnica
O workshop será encerrado com uma visita técnica ao laboratório NB3 do IEC. A Seção de Arbovirologia do IEC é um Centro Colaborador da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) para Arboviroses Emergentes e Reemergentes e outros vírus zoonóticos desde a década de 1980 e iniciou os estudos na área há 70 anos, em 1954. A instituição é referência na pesquisa de arboviroses emergentes e reemergentes, contribuindo significativamente para o avanço do conhecimento e das respostas a essas doenças.
Francisco Souza
Ministério da Saúde