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VACINAÇÃO
Saúde apresenta estratégias para recuperação de não vacinados contra o HPV
Eder Gatti, diretor do DPNI (Foto: Laudemiro Bezerra/SVSA)
Na Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada nesta quinta-feira (28), na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília, o Ministério da Saúde apresentou uma nova estratégia para ampliar a vacinação contra HPV no Brasil. A ação tem como objetivo principal resgatar adolescentes de 15 a 19 anos que não foram imunizados dentro da faixa etária recomendada inicialmente, ou seja, que tenham perdido a oportunidade de se vacinar anteriormente.
Em sua apresentação, Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), destacou a importância de estratégias específicas para alcançar uma cobertura vacinal de 90% entre os adolescentes. “Temos vacinas suficientes e um planejamento sólido para garantir a vacinação dos nossos adolescentes, incluindo aqueles que não foram vacinados na idade recomendada e agora estão fora dessa faixa”, afirmou.
A estratégia prevê ações de microplanejamento, que incluem a mobilização de estados e municípios para vacinar adolescentes em escolas, faculdades e outros pontos estratégicos, além das salas de vacinação. Cada município deverá elaborar seu próprio plano de ação com base nos dados locais e solicitar as vacinas ao DPNI.
Uma ferramenta tecnológica foi apresentada como suporte para essa estratégia: um painel especifico para o HPV, disponível no sistema do Ministério da Saúde. A ferramenta permite que os gestores municipais visualizem as coberturas vacinais por faixa etária, desde 2014, identifiquem as áreas mais críticas e comparem a evolução dos indicadores ao longo dos anos. “Esse painel, que estará disponível em breve, será essencial para o planejamento local, ajudando a direcionar esforços para as populações mais vulneráveis”, explicou Gatti.
Segundo o diretor do DPNI, a vacinação contra o HPV é fundamental para prevenir diversos tipos de câncer, incluindo o câncer de colo de útero. Estados como Paraná já apresentaram alta cobertura vacinal. “O DPNI reforça que a situação ainda exige esforços coordenados em regiões com maiores dificuldades de adesão”.
Marcella Mota
Ministério da Saúde