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DECISÃO DA CIT
Novos tratamentos para doença hormonal e doença cardíaca trazem esperança a pacientes
Foto: Rafael Nascimento/MS
O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (28), a inclusão de um novo medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS), destinado ao tratamento de pessoas com acromegalia. A pactuação de incorporação do medicamento ocorreu durante Reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), em Brasília (DF).
O objetivo da ação é expandir a disponibilidade de tratamentos para pacientes que não obtiveram resposta ao tratamento farmacológico ou cirúrgico já disponibilizado na rede pública de saúde. Com a incorporação do medicamento pamoato de pasireotida, esses pacientes ganham uma nova alternativa de tratamento no SUS. Assim, assegurando o controle da doença, muitas vezes debilitante.
Atualmente, esses pacientes têm acesso a um tratamento farmacológico eficaz, com análogos da somastostanina (octreotida ou lanreotida) já disponíveis no SUS, além de tratamento cirúrgico.
A acromegalia ocorre devido à produção excessiva do hormônio do crescimento, geralmente causada por um tumor na hipófise. Essa alteração provoca o crescimento desproporcional de partes do corpo, como mãos, pés e rosto, além de impactar seriamente a saúde geral, podendo levar a complicações como hipertensão, diabetes e doenças cardíacas. Mais do que uma questão de saúde física, a acromegalia afeta profundamente o bem-estar emocional e social dos pacientes.
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, Carlos Gadelha, essa ação vai proporcionar melhoria na qualidade de vida de quem precisa do medicamento. Essa também é a avaliação do diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos, Marco Pereira. “Para muitos, o acesso a esse tratamento no SUS significa a chance de viver com mais saúde, menos dor e maior dignidade. É a certeza de que o sistema público de saúde está ao lado das pessoas, especialmente daquelas que mais precisam”, destacou o diretor.
Cardiomiopatia amiloide
Na CIT, o Ministério da Saúde também deu um passo importante na ampliação do cuidado a pacientes com doenças cardíacas ao incorporar o medicamento tafamidis 61 mg cápsula ao SUS. O medicamento será oferecido para tratar a cardiomiopatia amiloide associada à transtirretina, seja na forma selvagem ou hereditária, em pacientes com mais de 60 anos que se enquadrem nas classes NYHA II e III.
Essa decisão traz novas perspectivas para quem enfrenta essa condição, que é caracterizada pelo acúmulo de proteínas anormais no coração, comprometendo sua estrutura e função. A cardiomiopatia amiloide é uma doença progressiva e debilitante, que, sem o tratamento adequado, pode levar a complicações graves e a frequentes internações hospitalares.
Com a incorporação do tafamidis, o SUS garante aos pacientes a totalidade do tratamento, contribuindo para o controle da doença, a melhora significativa da qualidade de vida e a redução do número de internações por problemas cardiovasculares. Este avanço representa mais do que um alívio para quem vive com a cardiomiopatia amiloide: é uma chance de viver com mais saúde, dignidade e menos limitações.
A medida reforça o compromisso do Ministério da Saúde com a inclusão de medicamentos inovadores no SUS, assegurando que mesmo as doenças raras ou complexas tenham a devida atenção e cuidado. Para os pacientes e suas famílias, o acesso gratuito ao tafamidis significa esperança e melhores perspectivas de futuro, consolidando o papel do SUS como um sistema que cuida de todos, sem deixar ninguém para trás.
Alexandre Penido
Ministério da Saúde