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HOSPITAIS FEDERAIS
Ministério da Saúde promove ações de enfrentamento ao assédio nos hospitais federais
Foto: Alexandre Matos/MS
O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de Janeiro (DGH), realizou, nesta quarta-feira (13/11), o Cineclube Por Elas: Olhares sobre a Violência de Gênero. Voltada a profissionais dos hospitais federais no Rio de Janeiro, a programação contou com a exibição de três curta-documentários, mesa de debate com representantes de órgãos púbicos e da sociedade civil, além de oficinas de treinamento para a identificação de sinais.
O evento também foi marcado pela inauguração da Sala de Acolhimento A Sua Voz, aberta a servidores e demais funcionários do departamento e hospitais federais. Com foco na prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual e à discriminação, a iniciativa tem como objetivo promover uma escuta qualificada em ambiente seguro para as vítimas, além de esclarecer dúvidas e orientar sobre as medidas cabíveis em cada caso. O espaço fica no 9º andar da Rua México, 128, no Centro do Rio, e funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
“As portas estão abertas para todos, mas sabemos que as mulheres são as maiores vítimas. Pretendemos, com este trabalho, não somente fazer o acolhimento de pessoas que sofram algum tipo de assédio, como também orientar os chefes de serviço sobre como atuar nesses casos”, ressaltou o coordenador de Gestão de Pessoas do DGH, Rafael Dias.
Documentários, debate e oficinas
Realizado em parceria com o Centro Cultural do Ministério da Saúde (CCMS), com o apoio da Fiotec e da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, o projeto Cineclube tem promovido a discussão sobre temas pertinentes ao atendimento em Saúde nos hospitais federais, a partir da sétima arte. Após a exibição dos filmes, especialistas são convidados a debater o assunto e realizar oficinas, contribuindo para a conscientização e capacitação dos profissionais diante dos desafios do cuidado integral no ambiente hospitalar.
Para a edição realizada nesta quarta-feira, foram escolhidos os filmes “Sala Lilás – atendimento humanizado no combate às violências”, que compartilha relatos de usuárias e profissionais de saúde da Sala Lilás localizada em um hospital do município de Mangaratiba, no Rio de Janeiro; “Violência Contra a Mulher”, que retrata as iniciativas no estado do Maranhão para oferecer assistência às mulheres vítimas de violência; e o curta da campanha “Racismo faz mal à saúde”, que mostra os impactos do preconceito racial à saúde, principalmente na vida da mulher negra brasileira, que tem os piores indicadores de assistência pré-natal e ao parto, com mortalidade materna mais alta, além de sofrer mais violência.
A mesa de debate foi composta por Gisele da Hora, psicanalista do Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil (CAPSi) João de Barro e integrante do Coletivo Ocupação Psicanalítica; Solange Pires Revorêdo, fundadora do Grupo de Apoio a Mulheres (GRAM) e agente comunitária de Saúde; e Paulo Pontes, assessor da Superintendência de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio).
Duas oficinas encerraram o evento. As advogadas e diretoras do Instituto Justiça Delas, Isabelle Faria e Bianca Alves, falaram sobre “Os vieses inconscientes no acolhimento de mulheres em situação de violência”. Já a assistente social e especialista em violência doméstica, Flavia Amarante, ministrou a Oficina de Treinamento em Identificação de Sinais.
Otávio Augusto
Ministério da Saúde