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SAÚDE INDÍGENA
Ministério da Saúde entrega 18 mil insumos e medicamentos para o território Yanomami
Foto: Matheus Brasil/MS
O Ministério da Saúde abasteceu o território Yanomami com 18 mil insumos e medicamentos para abastecer o território indígena e CASAI. A medida é mais um investimento da pasta para evitar a retirada dos indígenas para o ambiente urbano.
Os insumos foram adquiridos pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), através da Agência Brasileira de Apoio à Gestão do SUS (AgSUS), dentro do Plano Emergencial de Saúde para a região. A Central de Abastecimento Farmacêutico do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami administra o estoque.
Os medicamentos entregues serão distribuídos de forma centralizada para os polos-base, conforme as demandas específicas de cada região. Parte do material também será destinado à Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami, responsável pelo atendimento médico especializado à população indígena da área.
O Ministério da Saúde reformulou o fluxo de remoções dos indígenas para hospitais de Boa Vista (RR). Agora, a prioridade é que o paciente seja tratado na própria comunidade, respeitando o bem viver e a cultura do povo. Com isso, somente casos graves são deslocados.
A mudança só foi possível após o aumento da assistência no território. A nova estratégia impactou positivamente: a assistência qualificada reduziu em 90% as remoções.
Conjuntura
O Ministério da Saúde divulgou, em agosto, um novo informe do Comitê de Operações Emergenciais (COE) Yanomami. No primeiro trimestre deste ano, foram notificados 74 óbitos no território. Na comparação com igual período do ano passado, houve uma queda de 33%. Nos três primeiros meses de 2023, foram registradas 111 mortes. O documento ressalta que os principais agravos tiveram queda como, óbitos por malária, desnutrição e infecções respiratórias agudas graves.
O povo Yanomami tem a maior terra indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e 30 mil indígenas. Desde janeiro de 2023, o ministério investe para mitigar a grave crise causada na região pelo garimpo ilegal.
A pasta aumentou o efetivo de profissionais, dobrou o investimento em ações de saúde e trabalhou para garantir a assistência e combater doenças, como a malária e a desnutrição no território.
Otávio Augusto
Ministério da Saúde