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SAÚDE INDÍGENA
Mais Médicos reúne apoiadores técnicos de saúde dos Distritos Indígenas
Foto: Fabiana Costa/Saps
A Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), em parceria com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, realizou em Brasília, nos dias 29 e 30 de outubro, o Encontro de Pontos Focais do Programa Mais Médicos nos Distritos Sanitários de Especiais Indígenas (Dseis). O evento representou um espaço de escuta e troca de experiências com o objetivo de aprimorar a implementação do programa nos territórios.
Cerca de 70 apoiadores técnicos de saúde participaram do espaço de diálogo e aprendizado conjunto. Os 32 Dseis presentes puderam compartilhar suas especificidades e desafios, e ressaltaram que a atuação dos médicos nos territórios deve ser realizada de forma a respeitar a cultura das etnias. Os representantes dos distritos apontaram que as variações climáticas são uma questão que determina as adaptações de mobilidade, mas que isso não é considerado impeditivo para o trabalho dos médicos do programa junto às comunidades.
O coordenador-geral de Provimento Profissional da Saps, Edson Lucena, destacou o compromisso dessa gestão em assegurar a permanência dos profissionais nos locais. “Temos que não só fazer o provimento, mas também fixar os médicos nas localidades para garantir a continuidade do cuidado da população”. Já a coordenadora de Articulação Interfederativa e Regulação da Saúde Indígena, Eugênia Calazans, enfatizou a importância do papel do apoiador na articulação entre os atores “para manter a boa comunicação e dispor de informações atualizadas para o sucesso do nosso trabalho”.
“Discutir juntos propostas de melhoria para a nossa dinâmica de trabalho resulta no incremento de ações mais assertivas para a implementação, sustentabilidade e fortalecimento do Mais Médicos, além da garantia de acesso e atendimento da população na atenção primária”, pontuou o diretor do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária à Saúde, Wellington Carvalho.
Ainda no primeiro semestre deste ano, um edital do Mais Médicos abriu novas vagas para assistência à população indígena, por meio da oferta de 196 vagas. A retomada do programa garantiu que médicos compusessem as equipes de Saúde da Família (eSF), aumentando a cobertura da população em áreas remotas, de difícil acesso e de alta vulnerabilidade. A quantidade de médicos nos territórios indígenas mais do que dobrou, passando de 242, em 2022, para 570 profissionais atualmente, o que representa crescimento de 135%. Com o novo chamamento, a expectativa é ultrapassar o número de 700 médicos em atuação nos territórios.
Anna Iung
Ministério da Saúde