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“Congresso da Abrasco é oportunidade para refletir sobre práticas e políticas de saúde em um contexto de desafios”, diz Swedenberger
Foto: Carolina Antunes/MS
A cerimônia de abertura do 5º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão da Saúde reuniu, no domingo (3), autoridades, pesquisadores, estudantes, profissionais da saúde e militantes de movimentos sociais em Fortaleza.
O evento promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e pela Universidade Federal do Ceará (UFC) discutiu o tema “Política, Saberes e Práticas: Resistência e Insurgência no Enfrentamento das Iniquidades em Saúde”.
A vice-presidente da Abrasco e presidente do congresso, a professora Carmen Leitão Araújo, destacou em sua fala o caráter acadêmico, político e social do evento. Carmen relembrou o importante marco alcançado pela sociedade brasileira com os 30 anos da estratégia Saúde da Família (ESF) e os desafios frente aos cenários.
“Nossa pluralidade requer que inovemos e criemos novas possibilidades de conhecimentos, saberes e práticas. Precisamos avançar no operativo de uma sociedade democrática e justa e de uma saúde de fato para todos e todas as pessoas”, afirmou.
Representando a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o secretário executivo Swedenberger Barbosa, conhecido como Berger, fez questão de reforçar a frase da ministra que enfatiza a relação direta entre desigualdade social e a saúde da população na promoção das iniquidades: “Desigualdade faz mal à saúde e enquanto tivermos milhões de brasileiros passando fome, não tem saúde”, observou.
Vacinação e avanços
Berger fez um balanço das principais ações da pasta nesses dois anos do governo do presidente Lula, destacando o fortalecimento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) que tirou o Brasil do ranking dos 20 países com mais crianças não vacinadas; do investimento recorde de R$ 5 bilhões, neste ano, no programa de saúde bucal; dos investimentos para produzir no Brasil até 2026, 50% dos insumos de saúde utilizados no SUS; e da reconstrução do SUS, das políticas e programas que haviam sido extintos ou deformados pelo governo anterior.
Ao finalizar o discurso, o secretário executivo enfatizou a importância do governo e da sociedade andarem juntas na promoção de uma saúde coletiva de qualidade para toda a população brasileira.
“Nós, do Ministério da Saúde, sabemos que sozinhos não vamos resolver o problema das iniquidades no acesso à saúde. Mas também não vamos aceitar que a dinâmica tradicional do poder no Brasil se torne um entrave para superarmos os desafios impostos pelas desigualdades. É uma política que precisa unir sociedade e governos. E para formulá-la e executá-la, contamos com vocês”, destacou.
O último a discursar, o presidente da Abrasco, Rômulo Paes de Sousa, afirmou que “a insurgência tem sido fundamental para o avanço das políticas públicas, da democracia e do bem-estar das populações do Brasil e do mundo”.
Ministério da Saúde