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ESTUDO
Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar quer conhecer melhor as necessidades de estudantes
Preocupado com a saúde e com os fatores de risco que afetam os estudantes das escolas públicas e privadas em todo o país, o Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com apoio do Ministério da Educação (MEC), realizam a 5ªedição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), no dia 8 de abril. A pesquisa é responsável por levantar dados que permitam conhecer mais a fundo a frequência de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre adolescentes escolares brasileiros, para subsidiar novas políticas públicas e ações de promoção da saúde em todo o país.
A PeNSE também aponta informações importantes sobre as características do ambiente escolar. Os dados levantados podem ser utilizados por educadores, profissionais de saúde, pesquisadores e toda a sociedade, ajudando a compreender melhor as necessidades e desafios enfrentados pelos jovens em relação à saúde e ao bem-estar no ambiente escolar.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, afirma que a pesquisa é de suma importância para conhecer o atual cenário das políticas já implementadas e desenvolver novas políticas públicas em saúde e educação. “A PeNSE permite a identificação de problemas e necessidades de saúde e pode ser utilizada para subsidiar a formulação e avaliação de políticas públicas, orientando intervenções que visam a promoção da saúde, a prevenção e o controle de doenças e a ampliação ou adaptação dos serviços ofertados pelo SUS”, explica.
Linha do tempo
Iniciada em 2009, a primeira edição da PeNSE coletou informações de 60.973 estudantes do 9º ano do ensino fundamental em 1.453 escolas públicas e privadas nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Em 2012, embora mantida a mesma população-alvo, a PeNSE passou a abranger dados para o conjunto do país e as grandes regiões, além de investigar algumas características do ambiente escolar e do entorno.
Em 2015, a pesquisa englobou informações oriundas de dois planos amostrais distintos: escolares frequentando o nono ano do ensino fundamental e escolares de 13 a 17 anos de idade. Em 2019, ano do último levantamento, a pesquisa forneceu resultados representativos de escolares de 13 a 17 anos de idade matriculados e com frequência regular em escolas públicas e privadas de todo o território nacional.
O grupo prioritário foi definido com base na escolarização necessária para responder ao questionário autoaplicável e pela proximidade da idade de referência preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 13 a 15 anos. A pesquisa fornece informações sobre as características do aluno, incluindo aspectos como alimentação, atividade física, tabagismo, consumo de álcool e outras drogas, saúde mental, violência, saúde sexual e reprodutiva, entre outros.
Saúde na Escola
O Programa Saúde na Escola (PSE), importante parceiro da pesquisa, promove a articulação entre os profissionais de saúde da atenção primária e os profissionais da educação, visando o desenvolvimento pleno dos estudantes. O programa utiliza os dados da PeNSE para subsidiar suas ações, com o intuito de fortalecer o ambiente escolar como um espaço privilegiado para práticas de promoção de saúde e prevenção de doenças. A implementação do Saúde na Escola ocorre mediante adesão dos estados, do Distrito Federal e dos municípios aos seus objetivos e diretrizes, formalizada por meio de termo de compromisso.
A PeNSE é realizada por amostragem, utilizando como referência o cadastro das escolas públicas e privadas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os resultados da pesquisa ajudarão a entender melhor as necessidades e desafios enfrentados pelos estudantes brasileiros aos temas expostos. Vale destacar que os dados são confidenciais, portanto os estudantes e as escolas não serão identificados.
Ministério da Saúde