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VOLUNTÁRIOS DA FORÇA
Médica baiana integra Força Nacional da Saúde no Rio Grande do Sul
Foto: Igor Evangelista/MS
Maria Elisa Garrido, médica natural de Salvador (BA), juntou-se às operações da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul desde o início das ações voltadas para manter e ampliar a assistência em saúde no estado, duramente afetado por severas enchentes que devastaram 97% do seu território.
A união desses profissionais de diversas partes do país ressalta o poder do SUS, o maior sistema público de saúde do mundo, composto por uma diversidade de pessoas, abrangendo desde a prevenção até os cuidados paliativos.
O grupo que integra a Força Nacional no Rio Grande do Sul é formado por emergencistas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) – como é o caso de Maria Elisa. Ela descreve seu trabalho no Samu de Salvador, onde atua como médica reguladora e intervencionista nas ambulâncias, oferecendo atendimento direto à população em situações de urgência e emergência. A profissional ressalta a importância de estabelecer vínculos próximos com os pacientes, mesmo em contextos de crise, e destaca a oportunidade de prestar orientações sobre saúde durante esses atendimentos.
Na Bahia, Maria Elisa também trabalha em uma unidade de terapia intensiva, onde lida com pacientes em estado grave, oferecendo cuidados especializados dentro do contexto do SUS. Sua trajetória no sistema público de saúde começou em 2018, após a formação médica. Ela enfatiza a importância de retribuir à sociedade o conhecimento adquirido através do cuidado aos pacientes.
"Esta é a minha primeira missão com a Força Nacional do SUS e, desde a nossa chegada, meus colegas têm enfatizado que esta experiência é única. Tradicionalmente, a intervenção da Força Nacional ocorre após o agravamento da situação, quando a urgência já passou. No entanto, aqui a urgência é palpável: chegamos em um local ainda sob chuva, com pessoas desabrigadas. Estamos vivenciando a emergência em tempo real”, explica.
De acordo com Maria Elisa, a missão no estado abrange não apenas a aplicação de conhecimentos técnicos para tratar doenças como leptospirose e pneumonias, mas envolve também um aspecto humanitário. “Recebemos pacientes que buscam não apenas cuidados médicos, mas também acolhimento emocional. Eles anseiam por uma conversa, por desabafar com alguém que possa oferecer apoio sem estar imerso em seu sofrimento. É gratificante poder oferecer diversos tipos de assistência, desde conselhos até um simples abraço ou um olhar compassivo. Cada interação nos ensina e nos enriquece. Estamos aqui para contribuir da melhor forma possível e aprender com essa experiência única."
Edjalma Borges
Ministério da Saúde