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VIGILÂNCIA
Ministério da Saúde inicia curso para fortalecer vigilância das populações expostas a agrotóxicos
O Ministério da Saúde iniciou o Curso Presencial de Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos. A atividade, que segue até sexta-feira (7), em Brasília, tem como objetivo fortalecer diretrizes, destacar a importância da atuação intersetorial na promoção da saúde e na prevenção dos riscos decorrentes da exposição a agrotóxicos, e ampliar a implantação da vigilância nos municípios prioritários.
Na abertura, os palestrantes reforçaram o compromisso da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente com a saúde coletiva e a proteção das populações expostas a agrotóxicos. "O curso faz parte do Plano Nacional de Saúde e contará com a apresentação de experiências exitosas de estados e municípios prioritários. Além disso, estamos reforçando a importância da articulação com outros setores do governo e da sociedade civil para adotar medidas de intervenção eficazes que reduzam os impactos na saúde”, destacou Agnes Soares da Silva, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador.
O Ministério da Saúde está comprometido com a implementação da vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos nos territórios com maior vulnerabilidade e risco. A iniciativa visa ações integradas de promoção à saúde, vigilância, prevenção e controle de agravos e doenças decorrentes da intoxicação por agrotóxicos. A meta de "Implantar em 60% dos municípios prioritários a VSPEA" está incluída no Plano Nacional de Saúde (2020-2023) e no Plano Plurianual de Trabalho (2024-2027), com o objetivo de alcançar a implantação em todos os municípios prioritários.
Em 2021, o uso global de agrotóxicos na agricultura foi de 3,54 milhões de toneladas, um aumento de 4% em relação a 2020, 11% na última década e o dobro desde 1990. A exposição a agrotóxicos representa um problema significativo de saúde pública e ambiental, afetando a população através de atividades laborais ou contaminação ambiental. Essa exposição pode provocar diferentes efeitos à saúde, desde alergias de pele, mal-estar, enxaqueca até impactos mais graves como as neoplasias, malformações congênitas e óbito. Os grupos mais vulneráveis incluem trabalhadores, crianças, grávidas, recém-nascidos, idosos e pessoas com saúde debilitada.
“O Curso de Vigilância em Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos será um importante passo na promoção da saúde e proteção das populações vulneráveis, reiterando o compromisso intersetorial e a necessidade de ações coordenadas para enfrentar os desafios impostos pelo uso de agrotóxicos no Brasil”, concluiu Agnes Soares.
A mesa de abertura contou com a presença de Agnes Soares da Silva, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST); Eliane Ignotti, coordenadora-geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM); Anne Caroline Luz Grudtner da Silva, coordenadora-geral substituta de Vigilância em Saúde do Trabalhador (CGSAT); Fernando Avendanho, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); e Priscila Campos Bueno, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
João Moraes
Ministério da Saúde