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HANSENÍASE
Ministério da Saúde capacita territórios para a análise de dados epidemiológicos
Foto: Laudemiro Bezerra/SVSA
O Ministério da Saúde promove, entre os dias 18 e 21 de junho, a Oficina de Geoprocessamento de Indicadores de Hanseníase. Com a participação de representantes de 20 municípios de oito estados e Distrito Federal, a atividade faz parte do programa de educação permanente continuada em vigilância epidemiológica da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA).
A capacitação acontece em dois momentos: o primeiro de forma presencial, em Brasília, com aulas práticas sobre análise de dados epidemiológicos. Em seguida, em julho, haverá um encontro virtual, no qual os participantes irão apresentar a análise dos indicadores de seus municípios, realizada a partir dos ensinamentos da oficina.
O objetivo do evento é capacitar os profissionais para o manuseio da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) para a criação de mapas desde o nível nacional até o local. “Com análise dos dados e criação de mapas de calor e de áreas com os padrões locais, é possível identificar, por exemplo, as áreas de maior concentração de casos dentro do território e, assim, fortalecer a vigilância e, consequentemente, oferecer diagnóstico e tratamento oportunos”, afirma a secretária da SVSA, Ethel Maciel.
O Brasil registra hoje, o segundo maior número de casos de hanseníase no mundo. São cerca de 21 mil novos casos por ano no país. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento da doença são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Ações inéditas
Em 2023, o atual governo instituiu indenização em formato de pensão vitalícia aos filhos daqueles que ficaram isolados em colônias de pessoas acometidas pela hanseníase no século passado e foram separados de seus pais.
Em 2024, o Ministério da Saúde repassou mais de R$ 50 milhões para estados e municípios enfrentamento à hanseníase.
Além disso, a hanseníase faz parte do Brasil Saudável, programa interministerial que atua para eliminar doenças determinadas socialmente no país até 2030.
Swelen Botaro
Ministério da Saúde