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IGUALDADE
Em evento na capital, ministras debatem o combate ao racismo no SUS
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Foto: Jerônimo Gonzalez/MS
Nesta sexta-feira (7), as ministras da Saúde, Nísia Trindade, da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, participaram do Seminário Saúde Sem Racismo: Dialogando com os Movimentos Sociais. O objetivo do evento foi ouvir a sociedade para definir os temas a serem apresentados pelo governo em evento que vai reunir 34 países em Brasília, em julho, para discussão da equidade étnico-racial na América Latina.
Durante a abertura, Nísia ressaltou que a reunião de tantos movimentos negros e indígenas representa um marco para o continente, que expressa o comprometimento do governo federal com as causas da população brasileira. “A saúde da população negra, hoje, é uma política transversal em todo o nosso ministério”, observou.
Ela destacou iniciativas como o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras no SUS, lançado no ano passado, cujas ações de educação e acolhimento atingem, direta e indiretamente, 2 milhões e 120 mil mulheres trabalhadoras da saúde em exercício no Brasil. “Nossa visão de saúde sem racismo tem que se traduzir em políticas muito concretas”, ensejou.
Apoio a comunidades indígenas no Rio Grande do Sul
A titular da Saúde também citou os esforços para prestar assistência aos 38,5 mil indígenas que vivem no Rio Grande do Sul. Em decorrência dos alagamentos, foram realizadas 13 missões com equipes de voluntários da Força Nacional do SUS (FN-SUS) nessas comunidades, com atendimentos, envio de insumos e mapeamento dos danos. Além disso, medida provisória (MP) editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 12 de maio, liberou R$ 21,4 milhões para a saúde indígena no estado.
Nesse sentido, Sônia Guajajara elogiou os esforços entre Saúde e Povos Indígenas que, a partir das orientações do presidente Lula, cooperam para desenvolvimento de agendas interseccionais. “O trabalho conjunto desses ministérios demonstra o compromisso do governo no combate ao racismo”.
A ministra também destacou a importância da escuta, do diálogo e da construção conjunta, uma vez que diversos espaços de participação social extintos na última gestão foram retomados. “Discutir o racismo se faz necessário para, de fato, implementar a equidade étnico-racial”, disse Sônia.
Já Anielle Franco relembrou o período de negacionismo que o Brasil enfrentou nos últimos anos e saudou as iniciativas do presidente para reconstrução da democracia, citando, inclusive, seu pioneirismo ao nomear Nísia Trindade como primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde.
“Um olhar mais humanizado diante daqueles que são os mais inabilitados”. Ela também ressaltou o protagonismo da sociedade civil no combate às desigualdades. “Isso é fruto de muita luta dos movimentos sociais e que já vem há bastante tempo”, pontuou a ministra da Igualdade Racial.
Sobre o Seminário
Promovido pela pasta da Saúde, o evento reúne lideranças negras e indígenas, gestores públicos e pesquisadores. Amanhã (7), o seminário será encerrado com apresentação da Estratégia e Plano de Ação sobre Etnia e Saúde pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O próximo passo será a realização do Encontro Regional: Abordando las Desigualdades Étnico-Raciales en Salud, em Brasília, nos dias 3, 4 e 5 de julho.
Assista ao seminário “Saúde Sem Racismo: Dialogando com os Movimentos”
Ministério da Saúde