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POLÍTICAS PARA PERIFERIAS
Em encontro de observatórios de saúde, Ministério da Saúde vai lançar o Mapa de Potencialidades das Periferias
Foto: Igor Evangelista/MS
O Ministério da Saúde, por meio da Assessoria Especial de Saúde com Periferias, em parceria com a Fiocruz e a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, promove a partir desta sexta-feira (21) até domingo (23), no Rio de Janeiro, o Primeiro Encontro Nacional de Observatórios de Saúde nos Territórios de Periferia. O objetivo do evento é criar um espaço de diálogo entre associações, coletivos e organizações não-governamentais que atuam nas periferias e favelas, visando o fortalecimento do planejamento e execução das ações de saúde nessas áreas.
A programação do evento será realizada em formato de trabalho colaborativo. O foco é reunir experiências inovadoras em políticas públicas voltadas para periferias e favelas, avaliando seus impactos políticos, sociais e econômicos. Além disso, a iniciativa busca promover políticas igualitárias que respeitem as diversidades territoriais, valorizando os conhecimentos locais e eliminando vulnerabilidades, violências e desigualdades sociais. No que se refere à saúde, o evento busca ampliar a capilaridade do Sistema Único de Saúde (SUS) nas populações mais vulneráveis, que necessitam de respostas eficazes das políticas públicas.
No sábado (22), o Ministério da Saúde lança o Mapa de Potencialidades das Periferias – uma plataforma, desenvolvida em parceria com a Fiocruz, cujo objetivo é identificar as potencialidades das periferias brasileiras que podem contribuir com o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Sobre o Mapa de Potencialidades
O mapa de potencialidades é um verdadeiro raio X das periferias. A ferramenta reúne informações de mais de 10 mil periferias urbanas, localizadas em todos os estados do Brasil. Ao navegar pelo mapa, os usuários vão poder localizar diversos empreendimentos periféricos nas áreas de saúde; assistência social; educação e pesquisa; meio ambiente e proteção animal; cultura e recreação; religião; habitação; desenvolvimento e defesa de direitos humanos; associações patronais, profissionais e entidades de produtores rurais, além de comércios locais.
A pesquisadora e coordenadora do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Renata Gracie, atuou no desenvolvimento da plataforma e conta que, ao compartilhar as estratégias de enfrentamento à vulnerabilidade nesses territórios, a expectativa é incentivar a disseminação de experiências positivas, mostrando o poder de criatividade, resiliência e socialização das comunidades periféricas.
“Nós percebemos que, quanto mais essas organizações se estabelecem nesses territórios, mais a qualidade de vida dessas pessoas melhora. Queremos criar uma rede em que as pessoas olhem, se inspirem e se desenvolvam”, contou a especialista. O próximo passo é a inclusão de periferias rurais localizadas em territórios do Campo, Floresta e Águas, o que abrange comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
Acesse o Mapa de Potencialidades das Periferias
Nadja Alves dos Reis e Edjalma Borges
Ministério da Saúde