Notícias
SAÚDE 71 ANOS
Vacinação não é uma ação individual, mas coletiva, defende morador do Rio
Felipe da Silva Veloso e o filho, Natan (Foto: divulgação/MS)
Nesta quinta-feira (25), o Ministério da Saúde do Brasil comemora 71 anos de existência. Ao longo dessas sete décadas, o país enfrentou desafios e avançou em temas relacionados à assistência e proteção à saúde. Um dos maiores destaques da história foi a promoção do Brasil como pioneiro em campanhas de vacinação, tornando-se um exemplo global.
Entretanto, nos últimos anos, o país enfrentou uma queda nos índices de imunização. Felizmente, este cenário está sendo revertido, conforme apontam estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que retirou o Brasil da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas.
Este avanço é fruto de ações coletivas, como a dos pais que mantêm a Caderneta de Vacinação de seus filhos atualizada. Um exemplo importante vem da cidade do Rio de Janeiro, onde Felipe da Silva Veloso, pai de Natan Veloso, participou ativamente do Dia D contra a Poliomielite.
“O Dia D de vacinação não é uma ação individual, mas coletiva. Para erradicar doenças, como aconteceu com a poliomielite, é crucial tomar a vacina, uma ação que beneficia toda a sociedade”, afirmou Felipe. Seu filho Natan acrescenta: “Vacinar é ficar protegido”.
Felipe, assim como muitos pais brasileiros, acordou cedo no Dia D com a missão de levar seu filho ao posto de saúde para vaciná-lo. Ele sempre priorizou a saúde e o bem-estar de sua família, acompanhando de perto o desenvolvimento de Natan e incentivando outros pais na comunidade a fazerem o mesmo.
O relatório da OMS/Unicef mostra que, no Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. O número de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 também caiu: de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. No Brasil, a DTP é administrada pelo Programa Nacional de Imunizações, o PNI, como a Vacina Pentavalente.
Em 2023, 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil apresentaram aumento nas coberturas vacinais em comparação com 2022. Entre os destaques estão as vacinas contra poliomielite, pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C, pneumocócica 10, tríplice viral e reforço da tríplice bacteriana.
O crescimento médio de cobertura vacinal foi de 7,1 pontos percentuais, com o maior aumento registrado no reforço da tríplice bacteriana, que subiu de 67,4% para 76,7%. A maioria dos estados brasileiros apresentou melhorias na cobertura das 13 vacinas mencionadas.
O investimento para apoiar estados e municípios também cresceu, com mais de R$ 6,5 bilhões investidos em 2023 na compra de imunizantes. A previsão é que esses recursos cheguem a R$ 10,9 bilhões em 2024. Além disso, R$ 150 milhões foram destinados anualmente para apoiar ações de imunização com foco no microplanejamento e na comunicação regionalizada.
Atualmente, o Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) do Ministério da Saúde oferece mais de 40 tipos de imunobiológicos no SUS, beneficiando não só crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas.
Ao final daquele Dia D, Felipe saiu do posto de saúde com um sorriso no rosto e o coração leve, sabendo que fez sua parte para garantir um futuro mais saudável para seu filho e para a comunidade. Natan, apesar de pequeno, olhava para ele com admiração, aprendendo desde cedo a importância de cuidar da saúde e do bem-estar de todos.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde