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Seminário na Bahia apresenta propostas para fortalecer políticas de equidade na saúde
Foto: Matheus Alves/MS
O Ministério da Saúde concluiu, nesta quarta-feira (31), o “1º Seminário em Relações Étnico-Raciais, Gênero e Sexualidade em Saúde: Reconstruindo Caminhos”, na Bahia. O evento, realizado em parceria com a Fiocruz e a Escola de Saúde Pública da Bahia (ESPBA), culminou com a apresentação de uma carta aberta contendo recomendações para as instituições responsáveis pela formação em saúde. A carta visa contribuir para a implementação de políticas públicas que abordem as relações étnico-raciais, diversidade de gênero e sexualidade.
O seminário, realizado em Salvador (BA), promoveu, ao longo de três dias, a troca de experiências e o diálogo entre diversos participantes, incluindo representantes de universidades, estudantes, profissionais de saúde e membros da sociedade civil da Bahia.
Luís Eduardo Batista, chefe da Assessoria para Equidade Racial em Saúde da pasta, destacou a importância do seminário para a ampliação das políticas públicas voltadas para a equidade.
“Para nós do Ministério, iniciar esse trabalho pela escola (ESPBA), que já tem esses temas em seu DNA, facilitará muito não apenas nosso aprendizado, mas também nosso diálogo intersetorial. A colaboração com os ministérios da Igualdade Racial, dos Povos Indígenas e da Educação é essencial”, destacou. “A intersetorialidade é um grande desafio. Quero, em nome da ministra da Saúde, agradecer à Bahia por nos acolher e possibilitar a construção desse tema das questões étnico-raciais no processo de formação”, ressaltou Luís.
A professora da ESPBA, Shirley da Silva Xavier, avaliou os resultados do seminário e destacou a contribuição dos participantes na elaboração de diretrizes para orientar as políticas públicas em equidade.
“Contamos com trabalhadores da escola de diversas áreas. Todos esses profissionais reunidos, nos últimos meses, lançaram ideias que culminaram na realização desse evento”, afirmou. “Acredito que o mais especial foi contar com pessoas interessadas nessas temáticas para que a carta de recomendação realmente expresse modificações e transformações nos currículos de formação em saúde”, destacou Shirley.
Encaminhamentos
Os encaminhamentos do seminário contemplam 4 eixos temáticos: educação permanente, formação técnica em saúde, graduação em saúde e pós-graduação em saúde. Uma proposta comum aos eixos reforça a obrigatoriedade, já prevista em legislações educacionais vigentes, da inclusão de temáticas étnico-raciais, diversidade de gênero e sexualidade nos currículos dos cursos de formação técnica, graduação e pós-graduação em saúde, bem como nas ações de educação permanente em saúde.
Sobre o seminário
O encontro reuniu representantes das Secretarias de Saúde e Igualdade Racial da Bahia, das universidades do Estado da Bahia (Uneb), Federal da Bahia (UFBA), UEFS, UFRB, Universidade de Brasília (UnB), de Salvador (UNIFACS), além da Associação de Mulheres Indígenas do Extremo Sul da Bahia, Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro), Rede de Mulheres Negras de Direitos Humanos, Fundação Nacional de Enfermeiros, entre outras.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde