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SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
Núcleos de Economia da Saúde discutem melhoria no registro de compras e preços
Mais de 100 gestores estaduais e municipais se reuniram, no início de julho, durante a 2ª Reunião Geral dos Núcleos de Economia da Saúde (NES) de 2024. Organizado pelo Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde (Desid) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), o encontro on-line deu destaque para iniciativas locais na criação de NES e para sistemas voltados à melhoria da gestão de custos em saúde e de compras públicas.
Na oportunidade, o novo Banco de Preços em Saúde (BPS) foi apresentado. “O sistema de registro de compras de medicamentos e dispositivos médicos, que existe desde 1998, passou por melhorias recentes. Divulgá-las aqui entre os NES e poder tirar as dúvidas de gestores de todo o país facilita esse processo de mudanças”, acredita o coordenador da área de gestão de preços em saúde, Thiago Mendonça Chagas.
Representantes do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) estiveram presentes e também destacaram a importância da retomada dos diálogos ampliados na atual gestão.
“Fóruns como este precisam ser permanentes para que as pessoas se motivem e se encorajem a mostrar suas experiências, porque é isso o que transforma. É isso que consegue fazer com que iniciativas isoladas sejam multiplicadoras. E esse é o caminho para recolocar a Economia da Saúde no patamar que ela merece”, defende o coordenador de Administração e Finanças do Conass, Antonio Carlos Junior.
Representantes dos NES da Bahia, do Maranhão e do Rio Grande do Norte trouxeram experiências de destaque durante o evento. “Os desafios são muitos, mas não podemos nos deixar paralisar, nem podemos perder de vista a melhoria dos nossos serviços de saúde e o acesso da população. É necessário procurar estratégias”, acredita a representante do NES do RN, Lívia Maria. “As trocas e as reuniões ampliadas contribuem para o crescimento e o fomento da cultura da economia da saúde no Brasil”, finaliza.
Reuniões ampliadas
As agendas fazem parte do ciclo de encontros trimestrais previsto pela atual gestão para fortalecer os diálogos sobre a Economia e o Desenvolvimento em Saúde e para reativar as discussões tripartites sobre o papel dos NES na promoção da equidade e da sustentabilidade financeira do Sistema Único de Saúde (SUS).
Essa ação também colabora no fortalecimento da Rede de Economia e Desenvolvimento em Saúde (Rede Ecos) e favorece o intercâmbio de boas práticas em gestão de custos, em gestão orçamentária e avaliações econômicas para o setor saúde.
Sobre a Economia da Saúde
A Economia da Saúde é um ramo da economia que proporciona eficiência na gestão de recursos voltados aos serviços de saúde.
Com a ajuda dela, os gestores criam ferramentas para otimizar a destinação de verbas - que são limitadas - sem comprometer o acesso justo e igualitário da população aos serviços do SUS.
O Ministério da Saúde conta, em sua estrutura, com o Desid, responsável por estudos econômicos em saúde e instrumentos para amparar e qualificar as decisões e o planejamento dos profissionais que fazem a gestão do SUS, seja em âmbito federal, estadual ou municipal.
O departamento realiza, ainda, estudos de conjuntura para avaliar o impacto da tomada de decisões na saúde da população, sempre de olho na sustentabilidade financeira do sistema.
Priscilla Leonel
Ministério da Saúde