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CONSCIENTIZAÇÃO
‘Julho Verde’ alerta para o combate ao câncer de cabeça e pescoço
Neste sábado (27), o Dia de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço é lembrado em todo o mundo, dentro da campanha ‘Julho Verde’. De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de laringe é o mais comum dentre os tumores malignos de cabeça e pescoço, também comum na tireoide e cavidade oral. As áreas atingidas pela neoplasia são variadas e acomete, principalmente, homens acima de 40 anos.
A publicação Incidência de Câncer no Brasil – Estimativa 2023, de autoria do Instituto Nacional do Câncer (Inca), aponta que, no triênio 2023-2025, estão previstos 7.790 casos novos de câncer de laringe no país, correspondendo ao risco estimado de 3,59 por 100 mil habitantes - sendo 6.570 casos em homens e 1.220 em mulheres.
Os principais fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço são tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e infecção por HPV. Para o coordenador-geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes), José Barreto, a prevenção primária e o diagnóstico precoce são as estratégias mais eficazes para reduzir o impacto dessa neoplasia no Brasil.
“É importante que tenhamos campanhas educativas que incentivem a cessação do tabagismo, o não consumo de álcool e a vacinação contra o HPV como medidas fundamentais para a prevenção. Além disso, um acesso maior a exames de detecção precoce pode aumentar significativamente as chances de sucesso no tratamento e diminuir a mortalidade associada a esse tipo de câncer”, declara Barreto.
Em 2023, foram realizadas 13.661 cirurgias de câncer de cabeça e pescoço pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No mesmo ano, o número de quimioterapia e radioterapia chegou a 71.695 e 13.310, respectivamente. Dados preliminares apontam que, no ano passado, foram registrados 2.068 óbitos por neoplasia maligna da cabeça, face e pescoço. Foram 86 mortes a menos que em 2022, quando foram notificadas 2.154. A região com o maior índice de mortalidade é o Sudeste, com 1.004 casos.
Tratamento no SUS
No SUS, a assistência oncológica é um componente da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC). Atualmente, a rede de atendimento é formada pelas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) e os Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON). Atualmente, há 317 hospitais habilitados na alta complexidade em oncologia.
Além do diagnóstico, os cuidados incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, medidas de suporte, reabilitação e cuidados paliativos. A abordagem é feita com equipes multiprofissionais e estrutura hospitalar com serviços gerais e especializados.
No ano passado, foi discutida a necessidade de incluir informações sobre a reabilitação, incluindo tratamento com fonoaudiólogo na atualização da Portaria nº 516, de 17 de junho de 2015, que aprova as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) do câncer de cabeça e Pescoço. A medida está em processo de atualização.
Ana Freire
Ministério da Saúde