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FORTALECIMENTO INDUSTRIAL
Instituto Butantan terá aporte de R$ 386 milhões para instalação de nova planta em São Paulo
O Governo Federal deu mais um passo importante no processo de reindustrialização do país na área da saúde. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, nesta semana, financiamento no valor de R$ 386 milhões para uma nova planta do Instituto Butantan, em São Paulo. O investimento permitirá ao Instituto o desenvolvimento de bancos de vírus e de células para produção de novas vacinas virais e celulares além de medicamentos.
O objetivo do governo é expandir a produção nacional de itens prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS) e reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros. A maior autonomia do país é fundamental para reduzir a vulnerabilidade do setor e assegurar o acesso universal à saúde para todos.
Para solucionar esses desafios, uma série de medidas vêm sendo implementadas a nível nacional e internacional. Uma delas é a Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial De Saúde (CEIS), instituída pelo presidente Lula no ano passado, que envolve 11 ministérios e cuja meta é produzir 70% dos insumos utilizados no SUS em território nacional.
Para alcançar esse objetivo, até 2026, serão investidos R$ 42 bilhões. Desse montante, R$ 8,9 bilhões são do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo Pac). O CEIS também prevê a destinação de R$ 23,2 bilhões para investimento no setor privado e R$ 10 bilhões em financiamento público para produção e inovação, com recursos para o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Ao todo, o investimento será de R$ 395 milhões. Com 4,6 mil m2, a planta - localizada no complexo do instituto, no bairro do Butantan - deve entrar em operação em janeiro de 2029. A nova unidade também torna possível o avanço em pesquisas relacionadas a produtos terapêuticos, como anticorpos monoclonais – medicamentos de alta tecnologia para o tratamento de doenças como câncer, artrite reumatoide, lúpus, esclerose múltipla, psoríase e doença de Crohn.
Produção de vacinas
As novas instalações serão dedicadas à produção de cepas sazonais e pandêmicas da vacina contra Influenza e ao desenvolvimento de novas vacinas. A produção poderá ser realizada com mais de uma cepa ao mesmo tempo, como no caso, atender a vacina trivalente de influenza produzida pelo Butantan ou também dedicada a uma única cepa, a depender da estratégia de produção dos bancos, e ainda permitir o desenvolvimento simultâneo de diferentes cepas de um mesmo imunizante.
O Instituto Butantan é o décimo maior fabricante mundial de vacinas em doses distribuídas e em valor, segundo a Organização Mundial da Saúde, e o maior produtor da América Latina.
A fabricação de vacinas em larga escala tem um papel fundamental na segurança sanitária. Prova disso é o resultado positivo do avanço da imunização no Brasil. O Ministério da Saúde registrou, em 2023, aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil do Programa Nacional de Imunizações (PNI) se comparado com dados de 2022.
Entre os destaques de crescimento estão: as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP). O resultado, observado em todo o país, consolida a reversão da queda dos índices vacinais enfrentada pelo Brasil desde 2016.
Ministério da Saúde,
com informações do BNDES