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CONQUISTA HISTÓRICA
Grupo de Trabalho intensifica busca pela elaboração do dimensionamento da força de trabalho na saúde indígena
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população brasileira o acesso universal à saúde como um direito fundamental de promoção à vida. Quando se trata da saúde primária indígena, os desafios são maiores, exigindo uma força de trabalho altamente qualificada, distribuída de maneira justa e igualitária, capaz fortalecer o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS).
Pensando nisso, o Grupo de Trabalho (GT) Executivo Yanomami - formado pelas oito secretarias da pasta - tem trabalhado para elaboração do Planejamento e Dimensionamento da Força de Trabalho na Saúde Indígena (PDFTSI).
Trata-se de uma prioridade estratégica da atual gestão do ministério que busca construir coletivamente uma metodologia de dimensionamento realista, sustentável e, principalmente, que seja capaz de se adequar às especificidades de cada comunidade.
De acordo com Carol Diogo, Assessora técnica da Divisão de Gestão do Trabalho e Educação da Saúde Indígena (CGCOIM), a metodologia desenvolvida pelo PDFTSI será uma conquista histórica para a saúde indígena. A assessora explica que o levantamento resultará em um diagnóstico situacional, demográfico, epidemiológico, logístico e social ainda mais desenhado e detalhado.
“Existem inúmeras metodologias já aprovadas, mas nenhuma delas se aplica às realidades indígenas. Para criar um novo método é necessário primeiro planejar. Essa será a primeira sistematização de dimensionamento da força de trabalho da saúde indígena, e através dela, teremos uma fórmula que se adequa às especificidades de cada comunidade. No DSEI yanomami, por exemplo, teremos parâmetros para dimensionar o trabalho no que diz respeito aos indicadores de malária”, esclareceu Carol Diogo.
O processo foi dividido em cinco etapas e a previsão é que em agosto ocorra a primeira visita técnica aos territórios para apresentação dos dados levantados. Por meio desse diagnóstico, será possível prever o quantitativo e a composição das equipes necessárias ao desenvolvimento da atenção à saúde.
A iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e responde às recomendações dos órgãos de fiscalização, sendo um processo contínuo e essencial para fortalecer e operacionalizar a saúde indígena no Brasil
Leidiane Souza
Ministério da Saúde