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APOIO EMERGENCIAL
Ministério da Saúde envia kits com medicamentos para atender vítimas das chuvas no Acre
Foto: divulgação/MS
O Ministério da Saúde enviou 5 kits de medicamentos e insumos estratégicos para atender as vítimas das chuvas intensas no estado do Acre. Os kits contam com 48 itens — 32 medicamentos e 16 insumos — como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas, e têm capacidade para assistir 1,5 mil pessoas durante um mês. A iniciativa faz parte de uma ação rápida para socorrer os desabrigados diante da situação de emergência em saúde pública causada pela chuva que atingiu a região.
Até o momento, 17 dos 22 municípios acreanos estão em situação de emergência, decretada pelo governador do estado. A medida tem validade por 180 dias e foi tomada considerando os prognósticos técnicos que apontam ocorrência de chuvas acima da média esperada para o período. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) informou que o fenômeno meteorológico conhecido como Alta da Bolívia, que atua em altos níveis da atmosfera a aproximadamente 12 km de altitude, está ativo e intenso no sul da Amazônia.
Dessas 17 cidades, a situação é mais crítica em Rio Branco, Assis Brasil, Brasileia, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Jordão, Santa Rosa do Purus, Tarauacá e Xapuri. Em Jordão, por exemplo, com aproximadamente 9 mil habitantes, 80% da população foi atingida pelas águas do Rio Tarauacá.
Outro estado fortemente afetado pelas enchentes, o Rio de Janeiro também recebeu recentemente 14 kits emergenciais de medicamentos do ministério. Lá, as regiões mais afetadas foram a Baixada Fluminense e o sul do estado. Mais de 15 mil pessoas ficaram desalojadas e mortes foram registradas em decorrência dos temporais.
Monitoramento de desastres naturais
A pasta da Saúde monitora os estados atingidos pelas fortes chuvas mobilizando esforços e colocando a estrutura do Programa Nacional de Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres) para envio de kits de medicamentos e acompanhamento dos sistemas de saúde locais que tenham sofrido eventual impacto por chuvas.
O Vigidesastres monitora as ocorrências de desastres no território nacional, a partir do contato com estados e municípios. Os técnicos estão atentos ao compartilhamento de alerta de risco de órgãos oficiais como o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Além disso, o programa oferece apoio para preparação e resposta aos desastres.
As unidades federativas podem acionar o Ministério da Saúde para recebimento de kits e apoio técnico, de acordo com a necessidade de cada região. O apoio é realizado mediante declaração de emergência ou de calamidade pública pelo estado, município ou por decreto reconhecido pela Defesa Civil nacional.
Para orientar os gestores municipais e estaduais sobre a prevenção e ações pós-desastre, o Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública por Inundação traz diretrizes específicas. O Ministério também disponibiliza cartilhas e guias com orientações voltadas à população por meio do “Saúde de A a Z”.
Ações estratégicas
Em 2024, entre as ações estratégicas coordenadas pelo ministério está a ampliação para R$ 1,5 bilhão dos recursos destinados a emergências, que são usados também para o enfrentamento da dengue. Em 2023, a pasta já havia reservado R$ 256 milhões para esse fim.
Na terça-feira (27), o primeiro repasse foi autorizado, totalizando R$ 23,4 milhões para municípios de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, além do Distrito Federal. Na quarta (28), outra liberação de R$ 3,1 milhões para quatro municípios mineiros. Nesta quinta-feira (29), cerca de R$14,3 milhões foram repassados para Goiás e outros 32 municípios de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Amapá.
Janine Russczyk
Ministério da Saúde