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DIÁLOGO COM A COMUNIDADE
Saúde realiza curso sobre arboviroses para profissionais de comunicação
Foto: João Vitor Moura/MS
O “Aedestraining”, curso destinado a profissionais de comunicação atuantes na área de saúde para aperfeiçoar estratégias para informação e comunicação ao enfrentamento das arboviroses, ocorreu na última semana, na Fiocruz-Brasília. O curso faz parte de uma das atividades do Eixo 6 – Comunicação e Participação Comunitária, do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, lançado em setembro pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o plano, as ações de comunicação social devem ser direcionadas ao conhecimento sobre a doença e o papel individual e coletivo no processo de redução dos criadouros. “Desde o ano passado estamos orientando a população, através dos canais de comunicação, sobre as formas de eliminação dos criadouros do Aedes aegypti. E, para aprimorarmos essa comunicação, estamos realizando esse curso para que o diálogo com a comunidade seja mais efetivo e consigamos reduzir os casos de dengue, Zika e chikungunya”, destacou o secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Cunha.
Além da dengue, Zika e chikungunya, os participantes conheceram outras arboviroses, como o Oropouche, Mayaro e Febre do Nilo Ocidental. Foi destacado a importância de comunicar os sinais e sintomas de cada doença, que são parecidos, para a população ficar atenta e procurar a unidade de saúde mais próxima o quanto antes para que a doença não progrida para a forma grave.
O ciclo é a chave para o entendimento do controle. Dos ovos até a fase adulta – que é quando a larva se transforma em mosquito – há uma maneira diferente de eliminar os criadouros e se proteger do mosquito. Quanto mais cedo é realizada a prevenção, melhor.
Para evitar a fase de ovo, é importante esfregar as laterais e o fundo dos recipientes que contêm água com a parte mais áspera da esponja. Já se forem encontradas larvas e pupas, a água deve ser descartada em local seco, onde não possa acumular, como: asfalto, terra, grama e cimento. O descarte não pode ser realizado no ralo ou no vaso sanitário, pois surgirão outros criadouros.
O tempo para que o ovo do Aedes aegypti ecloda e se torne mosquito dura em torno de 7 a 10 dias. Por esse motivo, a pasta lançou, em outubro, a campanha “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora” para orientar a população a fazer uma varredura em sua casa uma vez por semana durante 10 minutos porque se houver criadouros, ele será removido antes da fase adulta. Em torno de 75% dos focos estão nas nossas casas ou no entorno delas.
Número de casos
Até 17 dezembro, o Brasil registrou 6.618.881 casos prováveis de dengue; 6.081 casos prováveis de Zika e 265.723 casos prováveis de chikungunya. Já em relação ao Oropouche, o Brasil registrou, até o dia 11 de dezembro, 10.940 casos confirmados.
João Vitor Moura
Ministério da Saúde