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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Prevenção do câncer do colo do útero é debatido em simpósio no Rio de Janeiro
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Foto: Anna Iung/Saps
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) o câncer de colo do útero (CCU), no Brasil, é o terceiro tipo mais frequente na população feminina, com exceção do câncer de pele não melanoma. Apesar de evitável, a doença é considerada problema de saúde pública mundial. Mudanças nas diretrizes de rastreamento e da vacinação contra o vírus HPV fazem parte do Plano Nacional de Eliminação do Câncer do Colo do Útero que foi apresentado e debatido no II Simpósio Eliminação do Câncer do Colo do Útero no Brasil, realizado no Rio de Janeiro.
Dentre os cânceres evitáveis, destaque para o câncer do colo do útero, cujo atual método de rastreamento é o exame citopatológico do colo do útero (papanicolau). Recomendado para mulheres e pessoas com útero que já tiveram atividade sexual entre 25 e 64 anos façam o exame a cada três anos.
Em março deste ano, o Ministério da Saúde recomendou a transição tecnológica no rastreamento do CCU, substituindo o papanicolau pelo teste molecular de genotipagem de DNA-HPV. Para que a transição tecnológica seja custo-efetiva, pressupõe também uma mudança no modelo de rastreamento oportunístico para o modelo de rastreamento organizado. Nesse contexto, as diretrizes nacionais estão passando por um processo de revisão e descritas no documento “Diretrizes Brasileiras de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero: Parte I - Rastreamento organizado utilizando testes moleculares para detecção de DNA-HPV oncogênico”, que passou por consulta pública, com provisão de publicação em fevereiro de 2025.
Para Gilmara Santos, diretora do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde (Deppros) da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), a Atenção Primária à Saúde (APS) tem um papel fundamental no objetivo de eliminar os cânceres evitáveis no Brasil. “A APS é de grande importância para firmar ações de prevenção, promoção, vacinação, rastreio e detecção precoce da doença. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a principal porta de entrada para a realização desse exame, onde os enfermeiros possuem autonomia para realizá-lo”, afirmou.
Educação Permanente
É necessário apontar a qualificação contínua dos trabalhadores de saúde da APS em relação à promoção da saúde, prevenção do câncer e detecção precoce, além da perspectiva da oferta de cuidado integral à pessoa com diagnóstico de câncer, como fundamental para intervir na incidência e morbimortalidade por câncer.
“Destaco duas estratégias importantes no âmbito da APS que é o rastreamento de cânceres detectáveis, por isso, o cadastramento. A busca ativa e o envolvimento dos agentes comunitários e equipes multiprofissionais, são essenciais para essa proatividade na detecção de cânceres evitáveis. E a segunda é o diagnóstico precoce, por esse motivo os protocolos são importantes para que as equipes identifiquem a doença em estágio inicial. Portanto a importância de investirmos em formação e educação permanente das equipes para que possamos atingir o objetivo de eliminar os cânceres evitáveis”, frisou a diretora Gilmara Santos.
Anna Iung
Ministério da Saúde