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MAIS MÉDICOS
Ministério da Saúde e AgSUS promovem diálogo entre gestores, tutores e profissionais de área em Fortaleza
Fotos: Giovanna Marinho/MS
O Ministério da Saúde participou, na quinta-feira (12), em Fortaleza, do Conexões AgSUS, evento que busca apoiar gestores e profissionais de saúde ligados ao programa Mais Médicos. A iniciativa, que também tem o objetivo de qualificar a oferta de serviços em saúde, ligando a experiência do provimento médico aos desafios contemporâneos, faz parte do Programa Apoio Estratégico à Gestão e abre diálogo entre a pasta, a Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) e os atores locais envolvidos nos territórios de maior concentração de serviços prestados, seja na Atenção Primária à Saúde (APS), nos programas de provimento médico ou na saúde indígena.
Jerzey Timóteo, secretário-adjunto da atenção primária, apresentou as perspectivas do provimento médico no Brasil, neste que pretende ser o primeiro de uma série de encontros locorregionais promovidos pela AgSUS em todo o Brasil. Segundo o secretário, foi importante estar no estado para discutir a pauta de integração dos programas.
“A gente sabe que a pauta do provimento médico se dá na ponta, se dá no território, se dá nas equipes de Saúde da Família. Então, é importante estar aqui no Ceará, onde mais se concentram os profissionais do Programa Médicos pelo Brasil, vir para cá, dialogar com os médicos, dialogar com os gestores, sinalizar, explicar toda essa estratégia de integração, de como o governo está seguindo à risca a lei que instituiu o programa, sem deixar ninguém sem uma retaguarda. Mesmo porque a gente precisa desses médicos, independentemente da contratação.”
Jerzey também destacou que o encontro ajudou a fortalecer o vínculo com os profissionais em campo e os gestores municipais, além de ser uma oportunidade para acolher demandas de médicos e médicas do estado, coletar diagnósticos sobre condições de trabalho e debater estratégias. “Tivemos a importante participação dos médicos tutores que atuam no programa, gestores locais, Cosems, entre outros. Foi uma ótima oportunidade para trocar ideias sobre como os programas provimento do governo federal podem potencializar a ponta, além de debater sobre ajustes na governança do Mais Médicos e de como aprimorar a estratégia de tutoria e supervisão.”
Para Rilson Andrade, secretário Municipal de Saúde e presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do estado (Cosems-CE), os programas de provimento médico do governo federal são uma grande assertiva do Ministério da Saúde, principalmente por conta da distribuição de profissionais de saúde em locais de difícil acesso ou maior vulnerabilidade, e que o maior diálogo tende a melhorar ainda mais a iniciativa.
“Por muitos anos, nós sofremos com a evasão de médicos, principalmente no interior. Apenas com esse programa é que conseguimos levar médicos para os municípios do interior e solucionar um dos maiores problemas que nós tivemos ao longo de muitos anos”, lembrou. “E a gente ainda sentia falta de momentos como esse, em que o Ministério e a Agência vêm ao estado conversar com gestores, com representantes do estado, com os municípios, e conversar, principalmente, com os médicos tutores”, complementou.
AgSUS no território
Além de apresentar os principais resultados, estreitar o vínculo com atores envolvidos com o programa na região e discutir os próximos passos, o Conexão AgSUS - que teve como tema “Saúde mental e gestão do trabalho em contexto de mudanças climáticas” - ofereceu um olhar para os tempos atuais e suas conexões com eventos extremos e emergências em saúde pública.
Caroline Castanho, gestora-executiva da Unidade de Serviços em Saúde da AgSUS, explica que o objetivo da agência é realizar, já em 2025, pelo menos um evento similar em cada região do país, dada a importância de ouvir gestores e profissionais para melhorar a atuação em seus municípios.
“Em se falando do provimento médico, há adaptações que só ocorrem com a singularidade do território. É fundamental vir para cá, ouvir como cada tutor está se vendo no local de trabalho, de servir a nova lógica do Mais Médicos Estratégico, por exemplo. Também é uma oportunidade de esses coordenadores de residência poderem observar que existem esses tutores com potencial para apoiar esses programas de residência e de as universidades que estão presentes poderem entender esse movimento e saberem como atuar com a gente”, explicou.
Com a integração entre os programas Mais Médicos e Médicos pelo Brasil, um dos eixos de atuação é o Mais Médicos Estratégico, destinado a médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade que já atuam como tutores de bolsistas. Estes terão novas oportunidades de atuação, em que poderão assumir o papel de tutores em programas de residência médica, além de orientar estudantes e internos de universidades públicas.
Um novo edital será lançado no ano que vem para contratação direta desses especialistas, valorizando aqueles que já têm experiência no Mais programa por meio de pontuação adicional no processo seletivo.
Luciano Marques
Ministério da Saúde