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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Em entrevista, secretário Felipe Proenço destaca avanços da atenção primária à saúde em 2024
Foto: Divulgação/MS
Em entrevista nesta segunda-feira (30) ao programa ‘CB Poder’, do Correio Braziliense e transmitido pela TV Brasília, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, fez um balanço dos principais avanços da atenção primária em 2024. Entre os destaques, estão investimentos na Saúde da Família, no Mais Médicos, na saúde bucal e no Plano para Redução da Dengue e de outras Arboviroses.
Questionado sobre a mudança no financiamento da atenção primária, Proenço explicou que, em 2024, foram repassados mais de R$ 1 bilhão aos municípios para ampliar recursos das equipes de saúde da família. “A Saúde da Família está perto da casa das pessoas, e hoje está na totalidade dos municípios do país. Mas havia uma defasagem de financiamento atrelada ao número de pessoas cadastradas, sobrecarregando equipes e dificultando o atendimento. Por isso, mudamos a forma de financiamento”, justificou.
“Estudos mostram que quanto mais Saúde da Família, menos mortalidade infantil e internações hospitalares. Por isso, a ministra Nísia anunciou a meta de alcançar 80% da população até 2026, hoje já atingimos 76%,” destacou o secretário. “Entre 2023 e 2024, foram criadas 4.750 novas equipes, cada uma atendendo cerca de 3 mil pessoas. Há também incentivo para que unidades de saúde atendam até as 22h e abram aos sábados”.
Outra inovação citada durante a entrevista foi a coleta de dados sociais, raciais, de gestação e escolaridade através do prontuário eletrônico, usado por 80% dos municípios. “A informação é essencial para o atendimento de saúde; quanto mais eu conheço a pessoa e a comunidade, melhor será o atendimento. Esse sistema nos permite planejar melhor a utilização dos recursos e garantir que eles vão para onde está acontecendo atendimento e visita domiciliar. É uma qualificação do atendimento da saúde da família”, explicou o secretário.
Mais Médicos
O Secretário Proenço destacou que, no início de 2023, havia apenas 13 mil médicos no Programa Mais Médicos, o menor número desde a criação do programa. No entanto, com os novos incentivos anunciados pelo presidente Lula, como a possibilidade de realizar mestrado e doutorado, houve um recorde de procura.
"Hoje, temos quase 27 mil médicos no Programa Mais Médicos, representando uma parcela importante das equipes de saúde da família”, afirmou. Proenço destacou que a criação de novas faculdades de medicina em áreas que antes não contavam com formação médica tem atraído mais médicos com registros no Brasil, que representam a maior parte do Programa. "Diferente de 2023, quando o ano começou com 5 mil equipes de saúde da família sem médicos, hoje temos equipes completas praticamente na sua totalidade," concluiu.
Saúde bucal
A retomada do Brasil Sorridente também foi comentada durante a entrevista, como um programa fundamental para garantir a saúde bucal na atenção primária: “Atualmente, existem 33 mil equipes de saúde bucal para 53 mil equipes de saúde da família. A meta é aproximar esses números para que as unidades básicas de saúde ofereçam atendimento médico, de enfermagem e saúde bucal”, destacou.
Conforme lembrou Proenço, em 2023, foram criadas 6 vezes mais equipes de saúde bucal em comparação ao governo anterior, e os recursos aumentaram de R$ 1 bilhão em 2022 para R$ 4,8 bilhões em 2024.
Plano de ação para as arboviroses
Ao longo do programa, ele também foi indagado sobre as arboviroses e reforçou que a vigilância diária e a consolidação semanal dos dados têm sido fundamentais para acompanhar a evolução dos casos. “Por isso, a ministra Nísia Trindade lançou o plano de enfrentamento à dengue e demais arboviroses. O plano abrange seis dimensões, incluindo o papel das unidades básicas de saúde e a importância da orientação pelo agente comunitário de saúde e monitoramento de pacientes. Com essas intervenções, a identificação oportuna de casos graves têm melhorado significativamente”, assegurou.
Proenço destacou a orientação para que cada pessoa dedique 10 minutos por semana para eliminar focos do Aedes aegypti em suas residências. “Essa mobilização contínua da população é crucial para prevenir a dengue. A ajuda da população junto com o plano apresentado pelo Ministério da Saúde é fundamental para que tenhamos um ano com um número menor de casos de arboviroses, e também seguir diminuindo a letalidade daqueles casos que venham a agravar”, finalizou.
Assista aqui a entrevista.
Ministério da Saúde